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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Nova Déli


E no próximo domingo teremos a estreia de mais uma pista no calendário da Fórmula 1, o Buddh International Circuit, que abrigará o inédito GP da Índia, em mais um claro esforço de Bernie Ecclestone pelo dinheiro oriental em detrimento das tradicionais pistas europeias.

A pista fica em Greater Noida, uma cidade a cerca de cinquenta quilômetros a sudeste de Nova Déli, em um complexo denominado de Jaypee Sports, no meio do nada, e que também abrigará um estádio, cuja construção já revoltou a população local, a quem o governo prometeu que, no local, seria erguido um centro industrial, visando a geração de emprego na região.

O projeto do autódromo ficou, obviamente, a cargo de Hermann Tilke, arquiteto queridinho de Ecclestone, e que também foi o responsável pelas novas pistas asiáticas da Fórmula 1, bem como é responsável pelo projeto das novas pistas em Austin, no Estados Unidos, e na Rússia, às margens do Mar Negro, as próximas debutantes na categoria.

O traçado possui 5,125 quilômetros, girando no sentido horário, com um total de dezesseis curvas, sendo dez para a direita e seis para a esquerda, e logo se nota que terá a alta velocidade como características, com muitas curvas feitas em quarta ou quinta marchas.

Os pontos mais propícios para ultrapassagens certamente serão na freada para a curva 4 após a longa reta oposta, na curva 1 e, com alguma sorte, na curva 16.

Para ajudar, a direção de prova designou dois pontos de ativação do DRS, o dispositivo da asa traseira móvel, com seus respectivos pontos de detecção independentes.

A primeira zona de ativação será na reta principal, a 36 metros da saída da última curva, com a zona de detecção dez metros após a tangência da curva 15. Já a segunda zona de ativação será no meio da reta oposta, ou cerca de 510 metros da curva 3, a mais lenta da pista, cuja detecção ficará posicionada dezesseis metros antes da tangência da mesma curva 3.

A pista, com cerca de setecentos metros de extensão a menos que Monza, deverá ter praticamente o mesmo tempo de volta. Em que pese a Red Bull prever giros em torno de 1m27s, creio que o tempo será cerca de quatro segundos mais baixo, o que fará da pista indiana uma das mais rápidas do calendário, talvez só perdendo para Monza e Spa Francorchamps.

O curioso é que o traçado possui apenas uma grande reta, o que indica que a alta média de velocidade terá como responsável mesmo o excesso de curvas rápidas, das quais se destacam a sequência compreendida entre a curva 5 e 15, com três chicanes feitas em quarta marcha (curvas 6 e 7, 8 e 9, além da 13 e 14), e as já bastante comentadas curvas 10 e 11, uma "mini curva 8" do circuito de Istambul, que serão feitas em quita marcha, com ponto de saída em ponto, o que me faz arriscar em dizer que veremos muitas saídas de pista neste trecho.

A curva 1 em Buddh também é bastante semelhante à primeira curva da Turquia, e a diferença é que são "invertidas", sendo a primeira para a direita, e a segunda para a esquerda.

A curva 3, a mais lenta do traçado, é baseada no gancho Spitzkehre de Hockenheim, ao final da reta oposta, que também foi desenhado por Hermann Tilke. Porém, enquanto a curva no circuito alemão está em leve decline, a freada para o grampo indiano foi colocado em forte aclive.

Resta destacar também que a pista de Buddh lembra muito o desenho da pista sul-africada de Kyalami, mas as comparações param por aí, principalmente porque giram em sentidos opostos entre si.

Por fim, o último destaque da pista vai para a curva 15, que possui a freada em subida, e a tangência já em descida levemente íngreme, o que a torna cega, trazendo aos pilotos um pequeno desafio até acharem o ponto ideal para virar o volante, principalmente porque na saída está posicionado o ponto de detecção do DRS, para o uso na reta principal.

Com subidas e descidas e  a abundância de curvas de alta, o traçado promete dar aos pilotos muito prazer em guiar, porém isso não implica diretamente em uma corrida interessante, e Yeongam, na Coreia, é prova disso.

Para se ter uma ideia do que está para vir, seguem abaixo dois vídeos com uma volta virtual pelo circuito de Nova Déli:


Em teoria, tendo em vista o domínio da Red Bull em Spa, outra pista rápida e com curvas de alta, o time austríaco é o principal favorito à vitória, ainda mais com um Sebastian Vettel mais que motivado para bater alguns recordes que ainda são possíveis em 2011.

A McLaren certamente virá bastante forte, e a prova disso é o desempenho que Jenson Button teve em Suzuka, outra pista que contem curvas relativamente rápidas, as quais se diferen de Buddh por terem raio longo.

Já a Ferrari poderá ter dificuldades na Índia, pois a Pirelli disponibilizou os compostos macios e duros, cuja diferença de desempenhos será bastante grande, e todos  já sabemos os problemas dos 150º Itália para aquecer de forma ideal os pneus com tarja prateada.

A prova está prevista para ser disputada em 60 voltas, totalizando um percurso de 307,249 quilômetros, que deve ser cumprido em cerca de uma hora e vinte minutos, já que inexiste possibilidade de chuva para o fim de semana, que será bastante quente segundo a meteorologia, com temperaturas ultrapassando os 30ºC.

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