The Formula 1 Widget
requires Adobe Flash
Player 7 or higher.
To view it, click here
to get the latest
Adobe Flash Player.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Suzuka



No próximo domingo, dia 9 de outubro, acontecerá o GP do Japão, a décima sexta etapa do Mundial de Fórmula 1, no já tradicional circuito de Suzuka, pista que, por vários anos, decidiu o título da categoria, em quatro ocasiões em favor de pilotos brasileiros, uma vez com Nelson Piquet (1987) e três com Ayrton Senna (1988, 1990 e 1991), e que novamente terá a chance de fazer esse papel na temporada de 2011, já que só um milagre fará com que Jenson Button leve a disputa ainda aberta para a Coreia.

Suzuka é de propriedade da Honda, e foi construída em 1962 como pista de testes da marca, desenhada pelo holandês John Hugenholtz. A outra principal pista japonesa, Fuji, que sediou o GP do Japão em 2007 e 2008, é de propriedade da rival da Honda, a Toyota, que forçou, a princípio, um rodízio entre os circuitos japoneses. Entretanto, com a crise mundial, a qual levou à retirada da categoria tanto da Toyota como da Honda, a sede do evento nipônico passou a ser apenas Suzuka, onde todos os pilotos adoram correr, principalmente pela variedade de curvas, algumas cegas, sejam elas lentas ou de alta velocidade, além das subidas e descidas, muitas mudanças de direção, características que tornam extremamente prazerosa a pilotagem.

Esse será o 38º GP do Japão, sendo que em 26 edições fez parte do calendário da Fórmula 1, sendo quatro ocasiões em Fuji (1976, 1977) e 22 vezes em Suzuka (1987 a 2006, 2009 e 2010). O maior vencedor do evento é Michael Schumacher, com seis triunfos em 1995, 1997, 2000, 2001, 2002 e 2004, mas o recorde da pista pertence a Kimi Räikkönen que, em 2005, marcou o tempo de 1min31s540 com um McLaren MP4-20/Mercedes-Benz V10, com média de 228,372 km/h, tempo este que apenas será alcançado em durante a qualificação.

Trata-se de um traçado de média para alta velocidade, e que passou praticamente por pouquíssimas reformas, como foi o caso da chicane que leva à reta principal, bem como da entrada dos boxes. A última grande mudança aconteceu na curva que antecede a chicane, a 130R, chamada assim em razão do raio de 130 metros. Após o forte acidente de Allan McNish no local em 2002, a curva foi revisada, passando a ter duas tangências, a primeira de 85 metros, e a segunda de 340 metros, tornando-a mais fácil de ser contornada. Apesar disso, em 2009, Jaime Alguersuari sofreu um grande acidente durante a prova naquele ponto, o qual causou a intervenção do safety car.

O circuito possui 5,807 quilômetros de extensão, e tem a característica única de formato de "8", com a reta oposta passando por cima da seção inicial através de um pequeno túnel. Há um total de dezoito curvas, sendo dez para a direita e oito para a esquerda. Apesar de se tratar de uma pista em que existe muita dificuldade em se realizar as ultrapassagens, os principais pontos utilizados pelos pilotos para a manobra são no final das retas principal e oposta, bem como na freada para a chicane.

A FIA designou apenas um trecho para o uso da asa móvel, e será exatamente na reta principal. A zona de detecção estará posicionada exatamente entre a primeira e a segunda perna da 130R, e a zona de ativação logo após a curva 18. Por não ser tão comprida a reta dos boxes, é provável que o DRS seja pouco efetivo durante a corrida, principalmente porque é seguida de uma curva em alta velocidade.

A reta principal, em leve declive, não é muito longa, e nem curta demais, como nos circuitos de Hermann Tilke. Ao final dela, os carros atingem cerca de 300 km/h, quando chegam para a First Curve que, na realidade, é composta das curvas 1 e 2, ambas para a direita. A primeira perna, mais rápida, é contornada praticamente a pleno, em sétima marcha, a cerca de 290 km/h (e foi palco do célebre acidente após Ayrton Senna acertar a traseira da Ferrari de Alain Prost, decidindo o título de 1990 como vingança pelo que acontecera no ano anterior). Para a segunda perna, o piloto precisa iniciar a freada logo após a tangência da curva 1, reduzindo mais quatro marchas, dando princípio à subida, a cerca de 140 km/h.

Depois, um breve trecho em reta antes da sequência dos rápidos "Esses", primordiais para um bom tempo. A primeira perna, a curva 3 à esquerda, é feita praticamente sem levantar o pé, em quinta marcha a cerca de 250 km/h. Logo em seguida, o piloto traz o carro para dentro para o contorno da curva 4, à direita, reduzindo uma marcha, a cerca de 200 km/h. Nova mudança de rumo com a curva 5 à esquerda, sem redução do câmbio, mas a pouco mais de 180 km/h até chegar à curva 6, à direita, a última dos "Esses", que é mais longa, feita em terceira marcha, a cerca de 160 km/h. Na saída da curva 6 o piloto traz rapidamente o carro para o lado interno da pista para conseguir tangenciar bem a curva seguinte, a 7, chamada de Dunlop Curve, em forte aclive e, portanto, cega, já que o piloto não consegue enxergar a saída, possuindo dois pontos de tangência à esquerda, sendo o primeiro feito com um pequeno alívio do acelerador, a já em quinta marcha, a mais de 190 km/h, e o segundo, em aceleração plena, em sexta marcha, a cerca de 250 km/h.

Na saída da curva 7, um brevíssimo trecho em reta que leva à curva 8 à direita, reduzindo de sétima para quarta marcha, a cerca de 190 km/h. Logo na sequência há a curva 9, a Degner Curve, também à direita, com um ângulo de quase 90º, feita em terceira marcha, a cerca de 130 km/h, local onde Mark Webber destruiu um chassi da Red Bull nos treinos em 2009, após a qual se passa sob um pequeno túnel, e que é exatamente a intersecção da pista com a reta oposta. Na saída, há a curva 10, à direita, feita sem alívio no acelerador, e se trata de um leve desvio na trajetória que leva ao Hairpin, a curva 11, à direita, feita em segunda marcha, a cerca de 80 km/h. Na saída, o piloto leva o carro para o lado interno da pista para facilitar o contorno da próxima curva, a 12, à direita, a pleno, também com duas tangências, ambas feitas em sétima marcha, sendo a primeira perna a cerca de 280 km/h, em descida, e a segunda a pouco mais de 290 km/h, já em subida.

Logo em seguida, freada para a Spoon Curve, a "Curva da Colher", composta das curvas 13 e 14, ambas à direita, sendo a primeira delas um pouco mais aberta, contornada em quarta marcha, a cerca de 180 km/h. Sem endireitar o volante, o piloto freia um pouco, reduz uma marcha e tangencia a segunda perna da Spoon a 140 km/h em mais um ponto cego por estar bem no alto. Saindo da 14, o carro utiliza bem a zebra externa, e o exagero é frequente,  geralmente resultando em acidente, como aconteceu durante a Q2 em 2009, que gerou inúmeras punições.

O carro, então, atinge a reta oposta, que se inicia em uma pequena descida, entremeada por uma pequena curva, que nada mais é do que um desvio na trajetória, e que leva a uma forte subida, trecho em que a potência do motor conta muito. Após chegar ao topo, a pista cruza por cima da seção inicial. Ao final da reta oposta, o carro atinge de 310 km/h, em sétima marcha, quando então precisa contornar a curva 15 à direita, a 130R que, como já dito possui duas tangências, porém ambas feitas sem qualquer alívio no acelerador.

Saindo da 130R, há um breve trecho em reta, com o carro em alta velocidade, quando então há uma forte freada para a chicane, chamada de Casio Triangle, compostas das curvas 16 e 17, a primeira à direita e a segunda à esquerda, reduzindo de sétima para a segunda marcha, a cerca de 90 km/h. Uma trajetória sem erros garante boa velocidade na reta principal, dificultando a tentativa de ultrapassagem daquele que o precede. Saindo da chicane, logo em seguida há uma curva para a direita, a 18, local em que Timo Glock sofreu um forte acidente na qualificação do ano passado, feita com acelerador a pleno, aumentando as marchas gradativamente até o carro ganhar a reta principal, cruzando a linha de chegada para completar uma volta pela pista.

Aqui vão dois vídeos com uma volta virtual pela pista de Suzuka:


A Red Bull está invicta em Suzuka desde 2009, e nas duas provas anteriores a vitória do time austríaco foi devastadora, com uma superioridade sem tamanho, e não há motivos para que essa invencibilidade na extraordinária pista nipônica tenha fim em 2011, principalmente com Sebastian Vettel em vistas de conquistar o bicampeonato, e querendo fazê-lo com vitória, e não com o regulamento debaixo do braço.

A Ferrari certamente terá dificuldades de desempenho, já que a Pirelli levará ao Japão os compostos médios e macios, e as tradicionais temperaturas baixas na região nesta época do ano dará grandes dores de cabeça aos pilotos e engenheiros do time italiano. 

Apesar de Lewis Hamilton desejar a todo custo provar que não é um piloto encrenqueiro, a McLaren não terá condições de acompanhar o ritmo de Vettel, mas certamente conseguirão rivalizar com Mark Webber pelos dois restantes postos do pódio.

A prova está prevista para ser disputada em 53 voltas, totalizando um percurso de 307,471 quilômetros, que deve ser cumprido em menos de uma hora e meia em caso de pista seca ou ausência de intervenção do safety car, ressaltando que a meteorologia não prevê ocorrência de chuvas durante próximo o fim de semana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário