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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Abu Dhabi


E no próximo domingo o Campeonato Mundial de Fórmula 1 faz sua penúltima etapa com o GP de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, a ser disputado no circuito de Yas Marina, mais uma pista desenhada por Hermann Tilke e  que gerou diversas críticas dos pilotos, devido ao excesso de curvas de segunda e terceira marchas, bem como às dificuldades de se ultrapassar, como Fernando Alonso sentiu na pele no ano passado quando comboiou Vitaly Petrov praticamente a prova inteira, perdendo o título para Sebastian Vettel.

Abu Dhabi é a capital dos Emirados Árabes Unidos, e tem como rival a cidade de Dubai. Ambas disputam em extravagâncias. Se uma possui um autódromo que recebe a Fórmula 1 e recentemente inaugurou um parque temático da Ferrari, a outra constrói, em pleno Golfo Pérsico, ilhas artificiais em formato de palmeira ou dos continentes, tudo bancado pelo farto dinheiro advindo das reservas de petróleo na região.

Sabedores que o combustível fóssil está se esgotando, as autoridades locais partiram para o ramo do turismo, e hoje passam por dificuldades financeiras causadas pela crise econômica de 2008.

Desenhado para ser uma versão árabe de Mônaco, o circuito de Yas Marina foi inaugurado em 2009, e por essa razão o GP de Abu Dhabi está em sua terceira edição, naquilo que é a tendência atual da categoria de buscar os mercados asiáticos, que são sinônimos de dinheiro no bolso do Sr. Bernie Ecclestone, o todo-poderoso da Fórmula 1.

Sebastian Vettel é o piloto dominador dessa pista, sendo o único vencedor até agora, culminando com a conquista do título no ano passado. O recorde da pista também pertence ao jovem alemão, que marcou em 2009 o tempo de 1min40s279, com média de 199,387 km/h, com o Red Bull RB5/Renault V8.

A pista tem 5,554 quilômetros de extensão e, tal qual as duas etapas anteriores, no Brasil e Coreia, gira no sentido anti-horário, tendo ao todo 21 curvas, sendo doze para a esquerda e nove para a direita, com duas longas retas, que são os principais pontos de ultrapassagem, ainda que tal manobra seja artigo de luxo nesse traçado, e tem a curiosidade de possuir um túnel que serve para que o trecho de saída dos boxes cruze por baixo a pista, levando os carros à pista diretamente entre as curvas 2 e 3.

Para 2011, com o fim de se evitar mais uma enfadonha corrida, como as duas edições anteriores, foram realizadas algumas reformas na pista.

As curvas 5 e 6, bem como a entrada da 7, serão alargadas para possibilitar uma entrada mais ampla ao grampo, permitindo que os pilotos façam diferentes traçados, tal qual acontece na pista da Índia.

Além disso, a cambagem da curva 9 foi alterada, com construção de uma espécie de inclinação para admitir que os carros a contornem por fora, "anulando", de certa forma, a defesa pelo lado de dentro na segunda perna da chicane, pois até o ano passado, muitos carros que eram ultrapassados neste ponto conseguiam recuperar a posição por simplesmente estarem por dentro na curva 9, algo que poderá ser mais difícil neste ano.

As curvas 13 e 14 também receberão modificações, e serão mais abertas para permitir uma maior velocidade e fluidez no terço final do traçado.

Assim, para também permitir mais ultrapassagens, foram designados dois trechos de uso da asa traseira móvel, cada uma com sua zona de detecção. A primeira zona de ativação será na metade da grande reta oposta, com a detecção entre as curvas 6 e 7. Já a segunda zona de uso será no meio da segunda reta oposta, com a detecção do intervalo na chicane antecedente, composta pelas curvas 8 e 9.

A volta se inicia uma reta relativamente curta, como acontece em alguns dos circuitos desenhados por Tilke, onde os carros atingem cerca de 290 km/h, em sexta ou sétima marcha, dependendo da configuração das enregangens, freando pouco antes da placa dos 50 metros para a tomada da curva 1, à esquerda, de 90º, reduzindo para a terceira marcha, a quase 130 km/h.

Há, então, um pequeno trecho de reta que leva a um "esse" de alta velocidade, as curvas 2 e 3, com a primeira perna à esquerda e a segunda para a direita, ambas feitas a cerca de 260 km/h, em sexta marcha, exigindo um pequeno alívio no acelerador e muito cuidado na tangência da primeira perna para não perder velocidade nos trechos posteriores. A curva 4, à esquerda, vem na sequência, e é feita "a pleno", engatando a sétima velocidade, a cerca de 300 km/h.

Saindo da curva 4, o piloto segue para um "esse" de baixa, composto pelas curvas 5 e 6, freando novamente antes da placa dos 50 metros para o contorno da  primeira perna à esquerda, feita em segunda marcha, a cerca de 120 km/h, logo precedida pela segunda perna, também em segunda marcha, mas dessa vez a cerca de 100 km/h, com um brevíssimo trecho de reaceleração até o grampo, a curva 7, à esquerda, feito em primeira ou segunda marcha, a cerca de 80 km/h.

Saindo do grampo o carro atinge a maior reta do circuito, onde se alcança cerca de 320 km/h ao final, quando se freia forte na placa dos 100 metros para a tomada de mais um "esse" de baixa, constituído das curvas 8 e 9, sendo a primeira perna à esquerda a mais lenta, feita em primeira ou segunda marcha, a cerca de 80 km/h, e a segunda perna à direita já em segunda marcha, a pouco mais de 90 km/h, e que leva à outra reta, entremeada pela curva 10, feita com o acelerador a pleno, em sexta marcha

Ao final da reta, os carros chegam a pouco menos de 320 km/h e há nova freada na altura da placa dos 100 metros para a complicada curva 11, em segunda marcha, a cerca de 100 km/h, e que é seguida de um "esse"  contornado praticamente como uma reta, mais em baixa velocidade, apenas buscando a tangência interna com o uso excessivo das zebras, composto das curvas 12 e 13, a sendo a primeira perna à direita e a segunda à esquerda, ambas em segunda marcha, a pouco mais de 100 km/h. Na sequência, uma curtíssima reta até a curva 14, à esquerda, com 90º, feita em segunda marcha, a cerca de 110 km/h.

O carro segue por um novo trecho de reaceleração que percorre as curvas 15 e 16, ambas à direita, feitas com o acelerador a pleno, já em sexta marcha, sendo que a primeira é contornada a cerca de 260 km/h, e a segunda a uns 275 km/h. Na saída da 16, o piloto deixa o carro "espalhar' e já busca o freio para contornar a curva 17, também à direita, feita em segunda marcha, a uns 110 km/h.

Sem mexer no câmbio, o carro é trazido para o lado externo para o contorno da curva 18, à esquerda, na mesma velocidade da curva anterior, engatando por um breve momento a terceira marcha na saída, reduzindo-se novamente para a segunda para tangenciar a curva 19, a cerca de 110 km/h, passando por debaixo do complexo do hotel todo iluminado durante o período noturno com leds que vão trocando de cor entre o azul e o vermelho.

Saindo da curva 19, em que o carro chega a extrapolar o limite da zebra, há uma pequena reta onde o piloto chega a colocar a sexta marcha, reduzindo a velocidade para contornar a curva 20, à direita, a cerca de 200 km/h, com um pequeno trecho de reaceleração até a curva 21, a última do circuito, à direita, feita em segunda ou terceira marcha, há cerca de 120 km/h, e que leva o carro novamente à reta principal para completar a volta, cuja linha de chegada está posicionada bem no início da entrada dos boxes.

Seguem dois vídeos com uma volta virtual pelo circuito de Yas Marina:


No ano passado, Abu Dhabi foi o palco de uma inédita decisão de título entre  quatro pilotos possuíam chances, algo que nunca tinha acontecido na história categoria, mas a prova foi um anticlímax em razão das quase nulas possibilidades de ultrapassagem.

Em teoria, Sebastian Vettel tem tudo para continuar o domínio em Yas Marina, vencendo a terceira corrida naqueles lados, ainda que a McLaren, e mais especificamente Jenson Button, se recusem a jogar a toalha.

Com apenas o vice-campeonato em disputa, a animação da prova deverá ficar com o desempenho dos pilotos que ainda buscam contratos para correr em 2012, já que em final de temporada sempre acontecem algumas bizarrices.

A corrida está prevista para ser disputada em 55 voltas, totalizando um percurso de 305,361 quilômetros, que deverá ser cumprido em pouco mais de uma hora e meia, ressaltando que ela terá início no final da tarde local, e será completada já à noite, com o auxílio da iluminação artificial.

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