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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Interlagos


E finalmente, encerrando a temporada, o circo da Fórmula 1 desembarca em São Paulo para o Grande Prêmio do Brasil, no mítico circuito de Interlagos, que recebe o nome de Autódomo José Carlos Pace, que, quando completou os setenta anos de idade em maio do ano passado, fiz um post contando um pouco sobre a história dessa pista fantástica

Infelizmente, apesar dos apelos dos aficcionados pelo automobilismo, não há qualquer plano para a revitalização do antigo traçado, o das curvas inclinadas 1, 2 e 3, principalmente em razão da impossibilidade de se modificar a saída dos boxes.

Ainda sim, Interlagos possui seus atrativos, sendo uma pista de média para alta velocidade, e ideal para carros com bom equilíbrio aerodinâmico, principalmente para contornar o sinuoso miolo da pista, e também para aqueles equipados com motores potentes, já que a principal reta tem seu início em um íngreme aclive, e por este motivo pilotos e engenheiros têm que "quebrar a cabeça" para encontrar o melhor acerto, comprometendo o mínimo possível um setor pelo outro.

No domingo será disputado o 39º GP do Brasil, dos quais 38 fizeram parte do calendário oficial da Fórmula 1, já que o evento de 1972 foi extra-oficial, e serviu apenas para a homologação da pista. Ao todo, Interlagos recebeu 28 edições da prova (1973 a 1977, 1979, 1980 e 1990 a 2010). As dez restantes (1978 e 1981 a 1989) se deram no quase extinto circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. O maior vencedor do evento é Alain Prost, com seis triunfos em 1982, 1984, 1985, 1988, 1988 e 1990. Já o recorde oficial da pista pertence a Juan Pablo Montoya que, em 2004, cronometrou o tempo de 1min11s473, à média de 217,038 km/h, com a bordo de um Williams FW26/BMW V10 3,0l.

O circuito possui 4,309 quilômetros e gira no sentido anti-horário, com dez curvas para a esquerda e cinco para a direita. Os principais pontos de ultrapassagem são ao final das duas retas da pista, mas os pilotos sempre contam com a criatividade para achar outros, como foi o caso de Ayrton Senna, que fez uma bela manobra, com direito a drible, sobre Damon Hill em 1993 sentre a Curva do Lago e o Laranjinha.

Foi designado um único ponto de uso da asa móvel. A zona de detecção foi posicionada na segunda perna do "S do Senna, e a zona de ativação será na Reta Oposta, a partir do ponto conhecido como "Muro do Berger".

A linha de partida se encontra no final da grande reta da pista, em trecho de leve declive, seguido de um leve aclive. Ao final do retão, que foi batizado de Reta Emerson Fittipaldi no ano passado, os carros chegam a cerca de 320 km/h, freando quase na placa dos cinquenta metros para contornar a curva 1 à esquerda, a primeira perna do "S" do Senna, que é ligeiramente cega, inclinada e em descida, com a redução de sétima para a terceira marcha, a pouco mais de 100 km/h.

Logo na sequência o piloto não permite o carro espalhar e já aponta o volante para a curva 2, à direita, a segunda perna do "S", utilizando bem a zebra na tangência, com um pequeno alívio no acelerador, deixando o carro escorregar para a curva seguinte a 3, chamada de Curva do Sol, subindo progressivamente as marchas. Pouco antes do fim da curva, o piloto "solta" o carro para o lado externo da curva.

Chega-se, então, à reta oposta, onde o bólido da F1 atinge mais de 320 km/h, freando novamente pouco antes da placa dos cinquenta metros, reduzindo para a terceira marcha, a cerca de 150 km/h, para o contorno da curva 4 à esquerda, a primeira perna da Subida do Lago, ou simplesmente Curva do Lago.

O carro, então, desliza até a zebra externa, e inicia o contorno da segunda perna da curva, marcada como 5, também à esquerda, feita em aceleração plena, escorregando também para a zebra externa, iniciando outro trecho em subida.

O piloto, então, traz o carro para dentro, e também pouco antes da placa dos cinquenta metros há nova freada, dessa vez para o Laranjinha, uma difícil curva em subida, com dois pontos de tangência, à direita, as curvas 6 e 7, feitas em quarta marcha, a cerca de 200 km/h, iniciando o trecho do miolo.

Contornada a primeira perna, o piloto não deixa do carro escapar demais, e já traz para tangenciar a segunda perna, sem deixar o acelerador ir a fundo. Um erro no contorno do Laranjinha faz com que o carro se desequilibre e passe demais sobre a zebra, havendo perda significativa de tempo

Na saída do Laranja, o piloto freia novamente, reduzindo para a segunda marcha para o "S", a curva 8 à direita, apontando o volante para a zebra interna, a pouco mais de 80 km/h, levando o carro novamente para dentro para o Pinheirinho logo na sequência, a curva 9 à esquerda, feita a mais de 90 km/h, onde é fácil se perder a frente.

Depois, o carro escorrega para a zebra externa, acelerando gradativamente até chegar à quarta marcha, quando então há freada para a curva 10 à direita, o Bico de Pato, a mais lenta do circuito, reduzindo-se para a segunda marcha novamente, a pouco mais de 70 km/h.

A saída do Bico de Pato é traiçoeira, e pode levar o carro demais até a zebra, com possibilidade de perda de tempo, já que possui leve inclinação negativa. O piloto, então, não deixa o carro sair demais e o traz para contornar a curva 11, o Mergulho, em leve descida, em plena aceleração, já em quinta marcha, a mais de 230 km/h, mas com cuidado, pois o excesso levará o carro para fora da pista.

Logo em seguida, há novo trecho em subida, com o piloto freando para a curva mais importante do traçado, a Junção, que é a curva 12, à esquerda, em segunda marcha, a cerca de 120 km/h, já que um erro no contorno fará com que o carro perca velocidade na saída, tornando-o vulnerável a uma ultrapassagem de quem o segue.

O piloto finalmente atinge a reta principal, que é entrecortada por três curvas, todas à esquerda, a 13, logo na saida da Junção, a 14, chamada de Curva do Café, e a 15, que é inclinada, e fica bem na entrada dos boxes. Todas elas são contornadas a fundo. A Curva do Café, por exemplo, é feita em sexta marcha, a cerca de 280 km/h, e na 15 o carro já está em sétima marcha, a mais de 300 km/h, para então cruzar novamente a linha de chegada e completar uma volta pela pista.

Aqui vão dois vídeos com uma volta virtual por Interlagos.


A Pirelli escolheu para Interlagos os pneus macios e médios. Os compostos macios são novos, e fruto de desenvolvimento feito durante os treinos em Nürburgring, quando do GP da Alemanha, e nos testes de jovens pilotos, que aconteceu na semana passado em Abu Dhabi, bem como aqueles feitos pela própria Pirelli, com a ajuda de Lucas di Grassi. A marca italiana ainda disponibilizará aos times um outro jogo de pneus duros para ser testado durante o primeiro treino livre de sexta-feira.

Há dois anos invicta em Interlagos, a Red Bull sente a ameaça da McLaren, e a disputa pela vitória certamente ficará restrita a esses dois times, valendo dizer que em Yas Marina, há duas semanas, o time austríaco perdeu a invencibilidade que tinha naquela pista.

Essa será a última chance de Felipe Massa em conquistar um pódio e afastar de suas costas a responsabilidade de ser o primeiro piloto Ferrari desde Ivan Capelli em 1992 a não terminar uma prova entre os três primeiros durante uma temporada.

A prova está prevista para ser disputada em 71 voltas, totalizando um percurso de 305,909 quilômetros, que deverá ser cumprido em cerca de uma hora e meia, a não ser que a chuva prognosticada pela meteorologia apareç.

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