The Formula 1 Widget
requires Adobe Flash
Player 7 or higher.
To view it, click here
to get the latest
Adobe Flash Player.

sábado, 24 de março de 2012

GP2 - Round 1 - Sepang - Leg 1


Neste fim de semana, em Sepang, na Malásia, a GP2, principal categoria de base que leva jovens pilotos à Fórmula 1, deu início à temporada de 2012 com profundas modificações que devem tornar a disputa na pista muito mais interessante.

Com a abolição da deficitária GP2 Asia Series, a GP2 Series passa a ser um torneio de cunho mundial, englobando as antigas etapas que compunham a categoria asiática, como Malásia e Bahrein, as quais se juntam aos eventos da temporada europeia, isso sem contar a estreia do circuito de rua de Cingapura no calendário, totalizando doze rodadas duplas, sempre com a corrida mais longa, chamada de feature race, aos sábados, e a corrida curta, chamada de sprint race, aos domingos.

Houve, também, uma alteração na distribuição dos pontos, que passa a ser mais próxima àquilo que se vê na Fórmula 1. Na feature race, são dez aqueles que recebem os pontos, igual ao sistema utilizado da F1, com 25 pontos para o vencedor, 18 para o segundo colocado, e assim por diante. Na sprint race serão oito os que pontuarão, com 15 tentos para o vencedor, 12 para o segundo colocado, 10 para o terceiro, 8 para o quarto, 6 para o quinto, 4 para o sexto, dois para o sétimo e um para o oitavo. Além disso, o pole position, que antes ficava com dois pontos extras, agora terá quatro, e o autor da melhor volta em cada uma das corridas, desde termine entre os dez primeiros,  terá dois pontos de bonificação.

A inversão do grid de largada para a sprint race entre os oito primeiros colocados da feature race, bem como o pit stop obrigatório com a troca de, pelo menos, dois pneus na corrida longa foram mantidos, sendo que agora serão fornecidos às equipes dois tipos de compostos, um mais duro, chamado de prime, e um mais macio, chamado de option, em uma escolha a ser feita pela Pirelli a partir dos quatro tipos de pneus, os supermacios, macios, médios e duros, em uma relação similar à da Fórmula 1.

Como sempre acontece todos os anos, teremos vários pilotos estreantes, como o brasileiro Felipe Nasr (campeão da Fórmula BMW em 2009 e da Fórmula 3 Britânica em 2011), o francês Nathanaël Berthon (vindo da Fórmula Renault 3.5 e que chegou a correr na GP2 Asia no ano passado), o britânico James Calado (que fez a Fórmula 3 Britânica em 2010 e a GP3 em 201), o italiano Fabio Onidi (vindo da Auto GP, por onde correu nos dois anos anteriores), o venezuelano Giancarlo Serenelli (que fez três temporadas de Fórmula Renault 2.0 Italiana, 2001, 2002 e 2005, e que estava há seis anos parado), o francês Tom Dillmann (que em 2011 correu na GP3 e na Fórmula 3 Europeia e Alemã, onde foi campeão em 2010), o suíço Simon Trummer (proveniente da GP3), o britânico Jon Lancaster (piloto que passou pela Fórmula Renault 3.5 em 2009 e 2010, além da Fórmula 2 e Auto GP em 2011), o holandês Nigel Melker (oriundo da GP3 e Fórmula 3 Europeia) e o indonésio Rio Haryanto (também vindo da GP3 e Auto GP).

Retornam à categoria o italiano Fabrizio Crestani, que peregrinou pela Auto GP em 2011, e o angolano Ricardo Teixeira, que fez a temporada de 2010 na Fórmula 2, passando por um ano sábatico em 2011, quando chegou a fazer testes pela antiga Lotus, atual Caterham, na Fórmula 1.

Em 2012 também teremos uma nova equipe, a italiana Lazarus GP, advinda da Auto GP, e que conta com o apoio do governo venezuelano, passando a se chamar Venezuela GP Lazarus, entrando no lugar da Super Nova, que passa por dificuldades financeiras e desistir da GP2.

Com um treino de qualificação bastante disputado, simplesmente com dezenove carros andando no mesmo segundo, o italiano Davide Valsecchi, que faz seu quinto ano na categoria, se sobressaiu e conseguiu arrebatar a primeira pole position do ano, o que o levou a sair na frente no campeonato graças à bonificação de quatro pontos.

A feature race, no entanto, foi dominada por outro veterano, o brasileiro Luiz Razia, que agora corre pela Arden, de propriedade de Christian Horner, o "manda-chuva" da equipe Red Bull. Fazendo seu quarto ano de GP2, Razia largou muito bem, assumiu a ponta logo de cara e, ao contrário do que se viu em 2011, apresentou uma condução perfeita que o levou para uma vitória merecida.

O brasileiro comemorou a sua primeira vitória em feature race e a primeira conquista desde a corrida curta em Monza no longínquo ano de 2009, dando à Arden o primeiro triunfo desde a corrida inaugural da temporada de 2010, em Barcelona.

Valsecchi, que largou muito mal, caindo da posição de honra para o quarto lugar, acabou tendo de fazer uma ligeira corrida de recuperação, passando Coletti, graças a um erro do monegasco, e Leimer para assumir a segunda colocação  ainda antes dos pits obrigatórios. O italiano ainda tentou encostar em Razia, chegando a fazer a melhor volta da prova, com o tempo de 1min49s246, à média de 182,659 km/h, mas o piloto da Arden tinha a corrida segura, pois ia à frente com grande vantagem.

Com o terceiro lugar, Max Chilton fez sua melhor apresentação na GP2, que lhe valeu o primeiro pódio tanto para ele próprio quanto para a sua equipe a Carlin, ambos fazendo em seu segundo ano, conseguindo segurar o ímpeto de Fabio Leimer nas derradeiras voltas da prova.

Já o brasileiro Felipe Nasr, apontado pela imprensa especializada como a esperança brasileira de voltar a brilhar na Fórmula 1, sentiu as dificuldades da categoria em sua estreia. Sem conhecimento nenhum da pista, e ainda por cima pouco habituado ao Dallara GP2-2011 e aos pneus Pirelli, teve apenas meia hora de treino livre e ainda sim fez o nono tempo na qualificação, a meio segundo de seu colega de time na DAMS, o pole Valsecchi. Na base da estratégia, escolhendo um melhor momento para fazer sua parada obrigatória, Nasr ganhou a posição de Calado e chegou a brigar, no fim, pelo quinto posto com Coletti, sem êxito, mas teve de se contentar com a sexta posição, sendo o melhor estreante da prova.

Por outro lado, a Venezuela foi a grande chacota da prova, não pelo time apoiado pelo governo de Hugo Chávez, mas sim em razão da incapacidade de dois dos três pilotos que estão na categoria, sendo o primeiro deles Rodolfo González, com três temporadas de GP2 "nas costas", que conseguiu acertar praticamente todos aqueles que estiveram à sua frente até que, finalmente saiu da pista sozinho na 14ª volta.

O outro, Giancarlo Serenelli, fez ainda pior. Sem um mínimo de habilidade, o piloto da Lazarus tomou mais de 2s6 do penúltimo colocado na qualificação e durante a corrida parecia estar apenas passeando, e não competindo, chegando a fazer voltas cerca de sete segundos mais lentas que o ritmo dos demais, situação que poderia ter colocado em risco aqueles que estavam na pista, mas sabe-se lá por qual motivo ele continuou na prova sem que a direção tomasse alguma providência no sentido de desclassificar o piloto. Estranho, aliás, que alguém como ele tenha obtido permissão para participar da temporada de uma categoria que tem carros equipados com motores de mais de 600 cavalos.

Para contrastar com Serenelli, a Lazarus conta com Fabrizio Crestani, piloto que deu ao time ítalo-venezuelano o seu primeiro ponto logo na corrida de estreia graças ao novo sistema de pontuação.

Marcaram pontos na primeira bateria em Sepang:

Luiz Razia (BRA)Arden
Davide Valsecchi (ITA)DAMS
Max Chilton (GBR)Carlin
Fabio Leimer (SUI)Racing Engineering
Stefano Coletti (MON)Coloni
Felipe Nasr (BRA)DAMS
Esteban Gutiérrez (MEX)Lotus ART
James Calado (GBR)Lotus ART
Giedo van der Garde (HOL)Caterham
10ºFabio Crestani (VEN)Lazarus

Com a vitória, Luiz Razia assume a liderança do campeonato de pilotos pela primeira vez na carreira, mas tem em sua cola Davide Valsecchi, que contou com a ajuda dos seis pontos de bonificação que conquistou por ter feito a pole position e a melhor volta da corrida longa.

 Luiz Razia25
 Davide Valsecchi24
 Max Chilton15
 Fabio Leimer12
 Stefano Coletti10
 Felipe Nasr
8
 Esteban Gutiérrez6
 James Calado
4
 Giedo van der Garde2
10º Fabrizio Crestani
1

A francesa DAMS, atual vice-campeã entre as equipes, assume a liderança na tabela em razão dos resultados de Valsecchi e Nar, sendo a única, à exceção da Lotus ART, a colocar seus dois carros na zona de pontuação.

 DAMS
32
 Arden
25
 Carlin
15
 Racing Engineering
12
 Coloni
10
 Lotus ART
10
 Caterham
2
 Lazarus
1

Para a sprint race, que acontece amanhã cerca de três horas antes do GP da Malásia de Fórmula 1, a pole fica com o britânico James Calado em razão da inversão do grid entre os oito primeiros colocados da corrida longa, fazendo com que Felipe Nasr parta da terceira posição e Luiz Razia saia do oitavo posto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário