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quarta-feira, 21 de março de 2012

Sepang


O Autódromo de Sepang, palco da próxima etapa da Fórmula 1 no próximo dia 25 de março, é um circuito de 5,543 km considerado de média velocidade, cuja construção foi finalizada em 1999, e foi o primeiro Tilkódromo (como são chamados os autódromos ultramodernos desenhados pelo alemão Hermann Tilke, com o aval de Bernie Ecclestone, o todo poderoso da F1) a fazer parte do calendário da categoria. Antes disso, Tilke já havia "modernizado" o traçado de Österreichring, na Áustria, que na oportunidade passou a se chamar A1-Ring.

Essa é a décima quarta vez que o circo da Fórmula 1 visita a Malásia, sempre em Sepang, e o maior vencedor desse grande prêmio Michael Schumacher, com três triunfos em 2000, 2001 e 2004. Já o recorde oficial da pista pertence a Juan Pablo Montoya, que completou a volta em 1min34s223, com média de 211,782 km/h, no ano de 2004, com um Williams FW26/BMW V10.

O circuito possui um total de quinze curvas, sendo dez para a direita, e cinco para a esquerda, e duas grandes retas, cuja volta possui sentido horário. Os melhores pontos para ultrapassar estão nos trechos de forte frenagem, especialmente nas curvas 1 e 15 e, com alguma sorte, nas curvas 4 e 9.

A FIA confirmou que o uso da asa traseira móvel seguirá os mesmos moldes em relação ao ano passado, ou seja, zona de detecção a 207 metros da curva 15 e zona de ativação por toda a reta principal, com início a 5 metros da saída da mesma curva 15.

A volta se inicia no final do primeiro terço da reta principal e antes da frenagem para a primeira curva, o piloto chega a pouco mais de 300 km/h, reduzindo a partir da placa dos 75 metros para cerca de 80 km/h para contornar a curva 1, chamada de Pangkor Laut, em segunda marcha, uma curva lenta e longa à direita que desemboca diretamente na curva 2, um pequeno gancho à esquerda, contornado a cerca de 70 km/h.

A partir daí o piloto retoma a aceleração para fazer a curva 3, à direita, "a fundo", a pouco mais de 240 km/h, até atingir cerca de 290 km/h, quando então há uma outra forte frenagem para a curva 4, a Langkawi, à direita, feita em segunda marcha, por volta dos 110 km/h. Na saída dessa curva, o piloto se prepara para o "S" de alta compreendido pelas curvas 5 e 6, ambas feitas em quinta marcha, por volta dos 250 km/h.

A primeira perna do "S", a curva 5, à esquerda, é feita em aceleração plena, seguida de uma curtíssima aliviada no pedal da direita para contornar a curva 6, a Genting, à direita, sem necessidade de redução de marcha. Na saída da curva, a sexta velocidade é colocada para o pequeno trecho em reta que leva às curvas 7 e 8, ambas à direita, chamadas de Klia, que na realidade são feitas em quarta marcha como se fosse uma curva com dois pontos de tangência, iniciando a cerca de 190 km/h e saindo dela já a mais de 200 km/h.

Novo trecho em reta, atingindo ao final cerca de 280 km/h antes da freada para a curva 9, a Berjaya Tioman, um gancho à esquerda, feito em segunda marcha, por volta dos 70 km/h. Esse é um trecho traiçoeiro da pista, pois a curva é fechada e em leve aclive. O piloto precisa ter cuidado para despejar a potência do motor na saída da curva e não fazer o carro escorregar com a traseira.

Na saída da curva 9 vem uma sequência de curvas, sendo que a primeira delas, a 10, à direita, é feita sem necessidade de redução, em quarta marcha,  já a mais de 180 km/h, até a curva 11, a Kenyir Tioman, feita em terceira marcha, reduzindo de 230 km/h para pouco mais de 150 km/h, cuja difícil frenagem é feita com o volante levemente virado para a direita. Esse foi o local onde Marco Simoncelli iniciou a queda que o levou ao seu acidente fatal na prova da MotoGP no ano passado.

Com cuidado para não deixar a frente do carro escapar, o piloto acelera até o segundo "S" de alta das curvas 12 e 13, feitas a pleno, com a primeira perna à esquerda, em sexta marcha, a pouco mais de 260 km/h, deixando o carro "deslizar" para o lado externo da curva para se preparar para a tangência da curva 14, a Sunway Lagoon, à direita, cuja frenagem também é feita com o volante levamente virado para a direita, reduzindo para a segunda marcha, a pouco mais de 120 km/h.

Após a curva 14, o piloto atinge a reta oposta, chamada de Penang Straight, onde os pilotos chegam a atingir pouco mais de 300 km/h. Nesse local é comum vermos até três carros lado-a-lado disputando posições até a forte freada para a curva 15, à esquerda, última do traçado, feita em segunda marcha, a pouco menos de 90 km/h, e que leva novamente o piloto até a reta principal.

Segue abaixo uma volta virtual pelo circuito de Sepang:


A previsão do tempo aponta chuva para todo o fim de semana, o que significa dizer que tanto a classificação quanto a corrida poderão ser disputadas sob pista molhada, o que poderá "embaralhar" as cartas e diminuir a vantagem que a McLaren mostrou em Melbourne.

Vale dizer que a declaração de Martin Whitmarsh, chefe da equipe de Woking, de que ambos os seus carros correram sob o regime de economia depois de um erro de cálculo de combustível, é algo para assustar os rivais e que seguramente não corresponde a um blefe, já que ficou claro que pouco antes da primeira rodada de pit stops Button e Hamilton realmente tinham um ritmo bem mais rápido do que os demais.

Em Sepang, espera-se que a Mercedes possa fazer frente à McLaren, isso caso consiga utilizar o DRS, que ativa o sistema de duto à asa traseira, conferindo ao carro uma maior velocidade de ponta, o que é muito útil nas longas retas do circuito.

Após a prova na Austrália, a Ferrari sabe que seu desempenho em corrida é bem melhor do que em classificação, ainda que tal situação, sozinha, não leve Fernando Alonso ao pódio.

Já Felipe Massa, que foi chamado de inútil pela revista italiana Autosport, em uma nítida postura de "cozinhar" o piloto brasileiro, terá um novo chassi disponível para a prova na Malásia, restando torcer que a pífia apresentação do vice-campeão de 2008 realmente tenha se dado em razão de um chassi defeituoso, pois caso contrário a pressão para a substituição no segundo cockpit da Ferrari será gigantesca.

Caso a água esperada não caia, algo bastante difícil, o gerenciamento correto dos pneus, que degradam com mais facilidade em relação aos compostos do ano anterior, será bastante importante para a conquista de um bom resultado, já que o calor e a umidade em Kuala Lumpur geram uma deterioração ainda mais avançada da borracha.

Estão previstas 56 voltas, totalizando um percurso de 310,408 km, o que faz do GP da Malásia um dos mais longas do campeonato, distância que deverá ser percorrida em cerca de uma hora e meia em pista seca.

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