The Formula 1 Widget
requires Adobe Flash
Player 7 or higher.
To view it, click here
to get the latest
Adobe Flash Player.

domingo, 11 de março de 2012

WTCC - Round 1 - Monza


Com algumas novidades, a temporada de 2012 do WTCC, o Campeonato Mundial de Carros de Turismo teve início hoje, no Circuito de Monza, já que a prova em Curitiba, etapa que normalmente abria o certame desde 2007, foi realocada para julho.

As principais mudanças no campo esportivo são 1) a limitação do uso de apenas um motor por toda a temporada para cada carro, sendo que a troca da unidade fará com que o piloto largue na última posição; 2) o aumento da distância a ser percorrida em cada corrida de 50 quilômetros para até 60 quilômetros; 3) a distribuição de pontos extras para os cinco primeiros colocados no treino de qualificação, sendo cinco tentos para o pole position, quatro para o segundo, e assim por diante; e 4) agora serão doze os carros que seguirão da Q1 para a Q2, e a formação do grid de largada para a segunda bateria com a inversão dos dez primeiros qualificados na Q2, ao contrário do ano passado, cuja definição seguia a classificação da Q1.

Depois de passar por uma crise no fim de 2011, muito em razão do domínio da Chevrolet, foi um grande alento o anúncio de retorno à categoria de várias montadoras, como foi o caso da Ford com o modelo Focus, da Honda com Civic hatch europeu, e a Lada com o Granta, sendo que apenas a primeira fará a temporada completa, já que a marca japonesa participará apenas da "temporada asiática" no fim do ano e a russa correrá apenas nos eventos da Hungria e Portugal.

A equipe campeã continua com seu trio de pilotos, Yvan Muller (campeão dos dois anos anteriores com o Cruze), Robert Huff e Alain Menu. A Seat também mantem seus pilotos considerados "de fábrica", Gabriele Tarquini, pela Lukoil, e Tiago Monteiro, pela Tuenti. Já a Ford, com o time Aon, convocou Tom Chilton, o seu piloto que já corria com o Focus no BTCC, o Campeonato Britânico de Carros de Turismo, e ainda trouxe do certame britânico James Nash, que há dois anos estava ao volante de um Vauxhall Vectra. A BMW, por sua vez, oficialmente fora do campeonato, apoia Tom Coronel e a equipe ROAL como clientes.

Nas equipes independentes, várias modificações, com as estreias do britânico Alex MacDowall (oriundo do BTCC) e do jovem italiano Pasquale di Sabatino pela Bamboo Engineering, do italiano Alberto Cerqui pela ROAL, do espanhol Isaac Tutumlu pela Proteam, do húngaro Gábor Wéber pela Zengö e do belga Andrea Barlesi pela Sunred.

Para a corrida em Monza, a Chevrolet convidou o veterano Rickard Rydell, que já participou do WTCC entre 2005 e 2009, vencendo em cinco oportunidades, além de ter sido campeão escandinavo da categoria de carros de turismo, e que estava parado há dois anos, tempo que exerceu a função de comentarista de TV.

Apesar de da força da Chevrolet, que teve seu peso mínimo inicial aumentado de 1.150 para 1.180 quilogramas, foi a Seat que saiu na frente na primeira etapa, já que Gabriele Tarquini fez o melhor tempo da classificação por apenas 59 milésimos, marcando o tempo de 1min57s915, com média de 175,693 km/h, baixando em mais de um segundo a marca do ano passado e impedindo que a marca da gravatinha fizesse a 14ª pole position consecutiva, e de quebra ficou com os cinco pontos de bonificação. O esquadrão azul e branca veio logo atrás, com Muller em segundo, Huff em terceiro, Menu em quarto e Rydell em quinto.

Largando na frente, Tarquini manteve a ponta e tentou segurar os Cruze o quanto pode, chegando a perder para Muller a dianteira por breves instantes na freada para a Variante Rettifilo no início da segunda volta, mas o francês freou além do limite e "espalhou", permitindo que o italiano voltasse ao primeiro lugar.

Na volta seguinte, no entanto, o veterano campeão de 2009 cedeu à grande pressão que sofria e escapou da pista na saída da segunda perna da Lesmo, dando "de bandeja" a liderança para Muller, que rumou tranquilo para mais uma vitória, sem praticamente ser mais incomodado.

Mais atrás, a corrida estava bastante animada, com muitos incidentes, sendo o primeiro deles o toque na entrada a primeira perna de Lesmo ainda na segunda volta entre Huff e Menu, colegas de time na Chevrolet, com o suíço levando a pior, pois saiu da pista e perdeu várias posições, terminando a prova apenas na sétima colocação.

Já Huff, que conseguiu evitar uma rodada, perdeu posições para Rydell e Coronel, mas depois de se livrar do holandês na segunda passagem, deu início a uma grande batalha pelo terceiro posto com o sueco, com várias trocas de posições até que o britânico foi capaz de ultrapassar o sueco na sétima volta, abrir diferença suficiente para se livrar da perseguição e partir para a briga pelo segundo lugar, conquistada na nona passagem com uma  ultrapassagem clássica sobre Tarquini na freada para a Parabolica.

Outro incidente aconteceu logo na largada, quando Michelisz quis forçar uma ultrapassagem por dentro de Chilton na Variate Rettifilo e ambos se tocaram, jogando o Ford Focus para cima de D'Aste, que acabou rodando na frente de Englster e Monteiro, levando ao abandono do português.

Na segunda passagem, Bennani e Barlesi se estranharam na Parabolica e foram parar fora da pista. O marroquino não do que aconteceu e saiu do seu BMW reclamando da conduta do estreante italiano.

Na quarta volta, o motor do carro de Isaac Tutumlu explodiu antes da primeira perna de Lesmo, e o óleo que vazou lavou a pista no local, levando três carros a excursionarem na brita, Menu (pela segunda vez), Charles Ng e Pasquale di Sabatino, gerando a primeira e única intervenção do safety car por duas voltas para a retirada do BMW do estreante espanhol.

Aleksei Dudukalo fazia a sua melhor apresentação da carreira, travando grande disputa com Pepe Oriola e, posteriormente, com Tom Coronel, chegando a ficar na quinta colocação, mas o Seat do russo não aguentou, perdeu potência até expirar a duas voltas do fim.

Entre os independentes, a vitória ficou com o jovem Pepe Oriola, que surpreendeu durante o segundo treino livre ao marcar o melhor tempo. O novato Alex MacDowall foi o segundo colocado, com Norbert Michelisz na terceira posição.

Marcaram pontos na primeira bateria:

Yvan Muller (FRA) Chevrolet Cruze 1.6T
Robert Huff (GBR) Chevrolet Cruze 1.6T
Gabriele Tarquini (ITA) Seat León WTCC 1.6T
Rickard Rydell (SUE) Chevrolet Cruze 1.6T
Tom Coronel (HOL) BMW 320 TC
Pepe Oriola (ESP) Seat León WTCC 1.6T (i)
Alain Menu (SUI) Chevrolet Cruze 1.6T
Alex MacDowall (GBR) Chevrolet Cruze 1.6T (i)
Norbert Michelisz (HUN) BMW 320 TC (i)
10º Alberto Cerqui (ITA) BMW 320 TC (i)

Já a segunda bateria foi espetacular, principalmente porque os Chevrolets tiveram de fazer uma prova de recuperação por largarem do meio do grid em razão da inversão de posição entre os dez primeiros.

Norbert Michelisz, o poleman, fez uma grande largada, ajudado pelo fato de não ter ninguém ao seu lado, já que Dudukalo, com uma quebra de motor na primeira prova, não pôde alinhar.

O húngaro foi acossado durante toda a prova, primeiro por Tom Coronel, e depois por Yvan Muller, mas se mantinha bravamente à frente, liderando um trenzinho composto pelo holandês, D'Aste, MacDowall, Menu, pelo francês e por Huff,isso até que, na sétima volta (a duas do final), acertou um pássaro que aproveitava o calor do asfalto, o que levou a um furo no radiador, e não teve mais condições de manter sua toada.

A proximidade dos carros levou os pilotos de fábrica da Chevrolet a travar uma dura batalha que levou ao lance mais polêmico do fim de semana no segundo giro, quando Muller tentava passar Menu por dentro na reta principal, com Huff logo atrás tentando "pegar carona".


Yvan Muller teve muita sorte e mostrou muita habilidade, pois se recuperou de uma rodada em alta velocidade para retornar à frente de Menu na saída da chicane e foi capaz, posteriormente, de desafiar Coronel pelo segundo posto e Michelisz pela liderança.

Aliás, foi um milagre todos os Cruze de fábrica terem sobrevivido àquilo que poderia levar a um triplo abandono, já que todos acabaram rodando e retornando sem perderem posições, mas reacendeu a rivalidade interna no time, revivendo a situação entre Muller e Huff a partir da prova no Porto.

Após tomar a ponta, repetiu-se o que aconteceu na primeira bateria, já que Muller não teve oposição e seguiu tranquilo para a segunda vitória no domingo, liderando mais uma trifeta da Chevrolet, com Menu em segundo e Huff em terceiro lugar.

Toda essa confusão tornou todos os outros fatos meros coadjuvantes, mas é importante destacar as provas de Tom Coronel (que tentou, a todo custo, ficar à frente de pelo menos um dos Cruze), bem como de Stefano D'Aste, Alex MacDowall (que pontuou em ambas as baterias) e do jovem estreante Alberto Cerqui (o qual também marcou pontos em ambas as corridas da rodada dupla de Monza).

Pelo Troféu Yokohama, a vitória ficou com Stefano D'Aste, com Franz Engstler em segundo e Alex McDowall na terceira posição.

Marcaram pontos na segunda bateria:

Yvan Muller (FRA) Chevrolet Cruze 1.6T
Alain Menu (SUI) Chevrolet Cruze 1.6T
Robert Huff (GBR) Chevrolet Cruze 1.6T
Tom Coronel (HOL) BMW 320 TC
Stefano D'Aste (ITA) BMW 320 TC (i)
Franz Engstler (ALE) BMW 320 TC (i)
Alex MacDowall (GBR) Chevrolet Cruze 1.6T (i)
Norbert Michelisz (HUN) BMW 320 TC (i)
Alberto Cerqui (ITA) BMW 320 TC (i)
10º Rickard Rydell (SUE) Chevrolet Cruze 1.6T

Yvan Muller começa o ano como terminou 2011, ou seja, na frente, e já de início abre uma diferença respeitável para o segundo lugar, o seu colega de Chevrolet Robert Huff, com Alain Menu, tal qual ano passado, já se distanciando da briga à frente, ainda que exista coisa para acontecer.

Como curiosidade, os cinco primeiro colocados da tabela após a prova de Monza segue rigorosamente a classificação do campeonato de pilotos da temporada passada.

 Yvan Muller54
 Robert Huff 36
 Alain Menu 26
 Tom Coronel 22
 Gabriele Tarquini 20
 Rickard Rydell 14
 Stefano D'Aste 10
 Alex MacDowall 10
 Pepe Oriola 8
10º  Franz Engstler 8
11º  Norbert Michelisz 6
12º  Alberto Cerqui 3

Entre aqueles que correm por equipes consideradas independentes, há um empate triplo na primeira colocação entre Stefano D'Aste, Pepe Oriola e Alex MacDowall, com vantagem para o italiano no critério de desempate.

 Stefano D'Aste 14
 Pepe Oriola 14
 Alex MacDowall 14
 Franz Engstler 12
 Norbert Michelisz 11
 Alberto Cerqui 9
 Gábor Wéber 3
 Pasquale di Sabatino2
 Charles Ng 1
10º  Mehdi Bennani 1

A Chevrolet não levou em consideração o peso extra que carrega, uma tentativa dos organizadores de evitar o domínio de 2011, inútil, ao menos em Monza, e já dispara na ponta no campeonato de construtores, possuindo o quase o dobro de pontos em relação ao vice-líder, e praticamente a soma entre os tentos das equipes clientes da BMW e Seat.

 Chevrolet 93
 BMW Customer 49
 Seat Customer 45

A ROAL inicia 2012 na frente na disputa pelo Troféu Yokohama, com a campeã de 2011, a Engstler Motorsport, apenas na sexta colocação, e a vencedoras dos demais anos anterior, a Proteam, sem pontuar.

 ROAL Motorsport 24
 Bamboo Engineering 12
 Wiechers Sport 10
 Lukoil Racing Team 10
 Zengö Motorsport 8
 Liqui Moly Team Engstler 7
 Tuenti Racing Team 7

A próxima etapa do WTCC será no dia 1º de abril, no circuito de Ricardo Torno, em Valência, Espanha, local onde, no ano passado, Yvan Muller conseguiu uma vitória dupla e abriu caminho para o seu tricampeonato.

Nenhum comentário:

Postar um comentário