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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Jiading


Neste fim de semana acontece a terceira etapa do Mundial de Fórmula 1 no Autódromo International de Shanghai (ou Xangai), na China, um circuito de média velocidade de 5,451 km, desenhado pelo engenheiro alemão Hermann Tilke, sendo visíveis os traços característicos das pistas apelidadas de "Tilkódromos", ou seja, longas retas, excesso de curvas de baixa velocidade e amplas áreas de escape para permitir que o piloto consiga voltar ao traçado após uma escapada para fora da pista.

layout do circuito é inspirado no caractere chinês shang, prefixo do nome da cidade onde ele foi construído, Shanghai, e que significa "no alto", ou "elevado", e possui duas curvas que chamam bastante a atenção, uma em formato de caracol (formada pelas curvas 1, 2, 3 e 4) e uma outra inclinada (curva 13).

Essa será a nona edição do GP da China, todos eles tendo como palco a pista do distrito de Jiading, que tem como recorde oficial o tempo de 1min32s238, alcançado por Michael Schumacher em 2004, com uma média de 212,749 km/h, a bordo da Ferrari F2004 V10, tempo esse que certamente não será atingido devido à capacidade inferior dos motores atuais (V8 de 2,4l contra os V10 de 3,0l da época), bem como às restrições aerodinâmicas e eletrônicas.

O maior vencedor nessa pista é Lewis Hamilton, com dois triunfos, um em 2008 e outro em 2011, sendo o primeiro a conseguir bisar uma vitória em solo chinês, já que até 2010 a prova teve sete vencedores diferentes.

O circuito, cuja volta gira no sentido horário, possui um total de dezesseis curvas, sendo nove para a direita e sete para esquerda, com duas retas grandes, a maior com 1,3km, e os melhores pontos de ultrapassagem são nas curvas 1 e 14.

Para 2012, a FIA determinou uma pequena redução de cinquenta metros na zona de ativação do DRS (a asa traseira móvel), agora a cerca de 800 metros da curva 14, praticamente no meio da reta oposta. O intuito dessa medida foi parear mais os carros na freada para o grampo, já que ano passado o uso do dispositivo facilitou demais as ultrapassagens na grande reta. Já o ponto de detecção estará no mesmo local de 2011, ou seja, na saída da curva 12, antes da curva inclinada.

Ao final da reta principal, os carros atingem pouco mais de 300km/h, e a primeira curva, em formato de caracol, possui um alto grau de dificuldade, pois a primeira tangência, à direita, se inicia ainda com o carro em aceleração, havendo a redução de três marchas no meio do apex da curva, passando de cerca de 250 km/h no início para cerca de 190 km/h, com uma breve reaceleração, quando então o piloto busca o freio para diminuir gradativamente as marchas até a segunda, sempre com o volante virado para a direita até a curva 2, feita a cerca de 100 km/h, e que é precedida por outra curva fechada, a 3, desta vez para a esquerda, sem mexer no câmbio, contornando-a a cerca de 85 km/h. Na saída, há uma pequena guinada para a esquerda para a curva 4, feita com aceleração plena, já com a quarta marcha engatada, a uma velocidade de 200 km/h.

Após a curva 4, uma pequena reta leva à curva 5, sem necessidade de tangenciar precisamente e sem diminuir a velocidade, já em sexta marcha, a cerca de 280 km/h, deixando o carro seguir para o lado externo em preparação para a curva 6, um gancho à direita feito em segunda marcha a pouco menos de 80 km/h.

O piloto faz a retomada da velocidade na saída da curva 6 para a a sequência de curvas a seguir, um "S" de alta muito parecido com as curvas 5 e 6 de Sepang. A primeira "perna" desse "S", a curva 7, à esquerda, de raio mais longo, é contornada em sexta marcha, a cerca de 270 km/h, com uma leve redução de duas marchas para o contorno da curva 8, à direita, a pouco menos de 180 km/h, onde o piloto não pode deixar o carro escapar demais para o lado externo, pois logo a seguir há a fechada curva 9, à esquerda, feita em segunda marcha, por volta dos 110 km/h. Logo a seguir, quase sem "aprumar" o volante, o piloto atinge a curva 10 em plena aceleração, em terceira para a quarta marcha, por volta dos 180 km/h.

Após a curva 10 há uma pequena reta que leva às curvas mais importantes da pista se o piloto deseja ultrapassar o carro que vem à frente.

Pouco antes da placa dos 50 metros, há uma forte freada para a curva 11, à esquerda, feita em segunda marcha, a pouco mais de 90 km/h, e logo a seguir o piloto vira o volante para a direita para a curva 12,a primeira '"perna" do curvão, aliviando brevemente o acelerador, mas sem mexer na alavanca de câmbio, e já a pouco menos de 110 km/h.

Na sequência, a velocidade é retomada na saída da 12 até a 13, uma curva inclinada à direita, feita de "pé embaixo", chegando à sexta marcha na saída, a mais de 250 km/h, levando à reta oposta, de 1,3km.

O correto contorno da sequência das curvas 11, 12 e 13 permite que o piloto se aproxime do carro que o precede, buscando o "vácuo" para discutir a posição no final do retão, a curva 14, um gancho feito em segunda marcha após uma redução de 315 km/h para pouco menos de 70km/h em cerca de 75 metros.

Esse é o trecho onde ocorrem grande parte das ultrapassagens e também onde os pilotos disputando posição costumam se "engachar", seguida da curva 15 à direita, praticamente imperceptível, sendo também um local crítico numa disputa de posição, já que aquele piloto que vem pelo lado de dentro na curva 14 pode acabar "espalhando" para o lado externo, permitindo àquele piloto que esteja do lado externo retome a posição na manobra chama de "X".

Após a curva 15 há uma pequena reta que leva à última curva do traçado, a 16, à esquerda, feita em terceira marcha, a pouco mais de 150 km/h, buscando a zebra tanto do lado interno na tangência, como também no lado externo, na saída. É um outro local onde o piloto que busca a ultrapassagem tenta induzir a um erro o piloto que o precede para então discutir a posição na reta principal e curva 1.

Uma volta virtual pela pista de Jiading:


As seis últimas edições do GP da China foram disputadas em baixas temperaturas, com a chuva sendo "protagonista" em 2006, 2007, 2009 e 2010. Para esse ano, o "frio" deve se repetir, já que a meteorologia prevê temperaturas de abaixo dos 20ºC durante o fim de semana, e entre 12ºC a 18ºC para o horário da corrida, situação que poderá minimizar o desgaste dos pneus, e reduzir para duas a média de paradas para cada piloto.

Para 2012, a Pirelli levará para a China os compostos macios e médios, tarjas amarelas e brancas, respectivamente, o que poderá causar uma diferença na estratégia no uso dos pneus em razão da proximidades de desgaste desses tipos tipos de compostos.

Muitos apostam que Xangai será marcada pela reação da Red Bull, mas não creio nessa hipótese, principalmente porque o RB8 é o carro que mais sentiu a proibição do difusor soprado, apresentando grande instabilidade na parte traseira, ainda que haja grande possibilidade do time de Christian Horner esteja mais próximo das McLarens que, por sua vez, perderam grande chance de acumular gordura ao perder uma dobradinha praticamente certa em Sepang devido a erros da equipe e dos pilotos.

Para domigo, estão previstas 56 voltas, totalizando um percurso de 305,066 km, que deve ser cumprido em cerca de uma hora e meia em pista seca.

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