À exceção da largada bastante acidentada, a sprint race da GP2, que se deu após o treino de qualificação da Fórmula 1, não teve nenhum tempero em relação ao que se viu na corrida longa que aconteceu ontem pela manhã.
Bastante comedidos na feature race, os pilotos da categoria de base esperaram para o dia de hoje para descarregar toda a agressividade na largada e mostrar do que são capazes, ou não, principalmente porque hoje tinham sobre eles os olhos de toda a F1, algo que não aconteceu na sexta-feira.
Logo na Sainte Dévote, o pole position Stéphano Richelmi se preocupou demais com a aproximação de James Calado, que vinha por fora, e fechou o espaço ignorando a presença do britânico, o que causou o toque e a ruína da prova de ambos, com o abandono do monegasco, para desespero dos membros da equipe Trident, e a bandeira preta e vermelha imposta ao piloto da Lotus ART, que acabou sendo obrigado a trocar a asa dianteira, prestes a se desprender do carro, deixando o caminho livre para Jolyon Palmer, que partiu da terceira posição, assumir a ponta.
Logo na sequência, na subida para o Cassino, González e Cecotto se tocaram levando à rodada do vencedor da corrida de ontem, que também acertou as barreiras, atingindo, no processo, Davide Valsecchi, que fez uma péssima largada, e Tom Dillmann, que também abandonaram.
Mais atrás, alguns pilotos não tiveram reação rápida o suficiente para desviar daqueles que já freava para evitar se envolverem em uma carambola.
Felipe Nasr foi um deles, chegando a ser catapultado ao atingir a traseira do carro do compatriota Victor Guerin em um acidente muito perigoso e que poderia ter consequências graves para o brasiliense da DAMS, já que por muito pouco não acertou uma placa de publicidade ou mesmo foi atirado para fora da pista além do guard-rail.
Isso causou um engarrafamento digno de uma cidade grande, vitimando Fabio Onidi, Ricardo Teixeira, Fabrizio Crestani, Giancarlo Serenelli e Julián Leal, sendo que este último ainda foi capaz de retornar à prova, porém para abandonar logo depois.
Em lances separados, Rio Haryanto ficou parado no grid de largada e Stefano Coletti jogou sua corrida fora ao acertar a traseira de Cecotto antes da freada da Sainte Dévote, acabando por abandonar a prova.
O safey car foi acionado até que os carros parados pudessem ser retirados e a pista limpa de todos os detritos.
Na relargada, Jolyon Palmer manteve a ponta e conseguiu abrir grande diferença ajudado por James Calado que, com a asa dianteira danificada, era bastante lento e segurava atrás de si os demais.
Após o britânico da Lotus ART ser obrigado pelos comissários a providenciar a troca da peça danificada, Palmer já tinha quase dez segundos de avanço em relação a Max Chilton, que ainda tentou uma aproximação final, ainda que uma ultrapassagem fosse virtualmente impossível.
Aparentando estar administrando a prova, o filho do ex-piloto da Fórmula 1 Jonathan Palmer fez as últimas voltas com extrema cautela até cruzar a linha de chegada para vencer pela primeira vez na GP2 em seu segundo ano da categoria a apenas um segundo à frente de Max Chilton.
Novamente com uma corrida cautelosa, Giedo van der Garde repetiu o resultado de ontem ao resistir à pressão de Ericsson para conquistar a última vaga no pódio.
Quem fez grande corrida foi o brasileiro Luiz Razia. Largando de uma distante 15ª posição por ter tido problemas no final da prova de ontem, o baiano teve a sorte de passar incólume pela carnificina nas primeiras curvas para fechar a primeira volta em oitavo lugar, que logo virou sétimo com uma bela ultrapassagem sobre Berthon, ascendendo ao sexto posto com a parada de James Calado.
O piloto da Arden ainda tentou colocar pressão sobre o imprevisível Rodolfo González, porém sem êxito, razão pela qual Razia partiu para a "captura"dos pontos extras pela melhor volta, o que foi alcançado por ele na última volta, quando marcou o tempo de 1min22s223, com média de 146,236 km/h.
Marcaram pontos na segunda bateria em Mônaco:
1º | Jolyon Palmer (GBR) | iSport |
2º | Max Chilton (GBR) | Carlin |
3º | Giedo van der Garde (HOL) | Caterham |
4º | Marcus Ericsson (SUE) | iSport |
5º | Rodolfo González (VEN) | Caterham |
6º | Luiz Razia (BRA) | Arden |
7º | Nathanaël Berthon (FRA) | Racing Engineering |
8º | Esteban Gutiérrez (MEX) | Lotus ART |
Após os azares de ontem, Razia soube capitalizar hoje com o abandono de Valsecchi, reduzindo a sua desvantagem para o topo da tabela para 31 pontos.
1º | Davide Valsecchi | 141 |
2º | Luiz Razia | 110 |
3º |
Giedo van der Garde
| 85 |
4º |
Max Chilton
| 79 |
5º |
James Calado
| 75 |
6º |
Esteban Gutiérrez
| 60 |
7º | Fabio Leimer | 41 |
8º | Marcus Ericsson | 34 |
9º |
Johnny Cecotto
| 31 |
10º |
Stefano Coletti
| 29 |
11º |
Felipe Nasr
| 28 |
12º |
Jolyon Palmer
| 27 |
13º | Tom Dillmann | 27 |
14º |
Nathanaël Berthon
| 27 |
15º | Rio Haryanto | 16 |
16º | Fabio Onidi | 12 |
17º |
Rodolfo González
| 6 |
18º |
Stéphane Richelmi
| 4 |
19º |
Simon Trummer
| 1 |
20º |
Fabrizio Crestani
| 1 |
21º | Brendon Hartley | 1 |
Pela primeira vez na temporada a DAMS termina uma prova sem pontuar, mas contou com a sorte, já que a Lotus ART conseguiu apenas um tento com o oitavo lugar de Gutiérrez.
1º | DAMS | 169 |
2º | Lotus ART | 135 |
3º | Arden | 111 |
4º | Carlin | 95 |
5º | Caterham | 91 |
6º | Racing Engineering | 68 |
7º | iSport | 61 |
8º |
Coloni
| 41 |
9º | Barwa Addax | 31 |
10º | Rapax | 27 |
11º | Trident | 4 |
12º | Lazarus | 1 |
13º | Ocean Racing | 1 |
A GP2 terá uma folga de quase quatro semanas, e volta apenas no fim de semana do GP da Europa, no circuito de rua na cidade de Valência, na Espanha, tendo em vista que a categoria não participa das preliminares da Fórmula 1 no Canadá, que acontecerá daqui a quinze dias.
No ano passado, as vitórias na feature race e na sprint race ficaram, respectivamente, com Romain Grosjean, que corria pela DAMS, e com Esteban Gutiérrez, que já pilotava para a Lotus ART.
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