The Formula 1 Widget
requires Adobe Flash
Player 7 or higher.
To view it, click here
to get the latest
Adobe Flash Player.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Montreal


No próximo domingo acontecerá a sétima etapa do Campeonato Mundial de Fórmula 1 de 2011, o GP do Canadá na cidade de Montreal, onde está localizado o Circuito Gilles Villeneuve, nome do mágico piloto canadense que encantou o mundo nas décadas de 1970 e 1980, cujo falecimento num acidente em Zolder completou trinta anos no último dia 8 de maio.

Apesar de inesquecível para aqueles que acompanham a Fórmula 1 há mais tempo, hoje infelizmente Gilles é mais conhecido por ser pai do campeão mundial de 1997, Jacques Villeneuve, que caiu no ostracismo depois de pífios desempenhos na BAR, Sauber e BMW, chegando a disputar uma prova da Stock Car Brasil em Interlagos no fim do ano passado.

Essa será a 50ª edição do GP do Canadá, sendo que apenas em 43 oportunidades a corrida fez parte do calendário da categoria, sendo oito vezes em Mosport Park (1967, 1969, 1971, 1972, 1973, 1974, 1976 e 1977), duas vezes em Mont Tremblant (1968 e 1970) e 32 vezes em Montreal, que desde 1978 faz parte da Fórmula 1, mas não de forma ininterrupta, já que nos anos de 1987 e 2009 o evento não foi realizado.

O Circuito Gilles Villeneuve está localizado numa ilha no meio do Rio São Lourenço, chamada de Ilha de Notre-Dame, desenhada para receber a Exposição Mundial de 1967, a Expo67, e que mais tarde foi utilizada como raia olímpica para as disputas das competições de remo nas Olimpíadas de 1976.

Depois disso, a ilha foi transformada em um parque público onde, no entorno, houve a construção do circuito, abrigando também atualmente um hotel e um cassino na parte interna do traçado.

A pista de Montreal já passou por algumas modificações e hoje possui 4,361 quilômetros de extensão, com um traçado de média velocidade em que pese o grande período em que o piloto passa com o acelerador a fundo, principalmente na metade final do traçado, exigindo de sobremaneira os freios.  O grande desafio dos pilotos e engenheiros é a busca pelo melhor acerto, já que os carros precisam usar pouco aerofólio para atingir grandes velocidades em retas, o que compromete a estabilidade para as curvas.

Na atual configuração, o recorde da pista pertence a Rubens Barrichello que, em 2004, marcou o tempo de 1min13s622, com média de 213,246 km/h com um Ferrar F2004 V10, tempo esse que certamente será mantido. O maior vencedor do GP do Canadá é Michael Schumacher, com sete triunfos em 1994, 1997, 1998, 2000, 2002, 2003 e 2004.

O circuito gira no sentido horário, com treze curvas, sendo oito para a direita e cinco para a esquerda. As curvas 1, 8, 10 e 12 são os principais pontos de ultrapassagens, pois se tratam de trechos de frenagens fortes precedidas de longas retas. Apesar disso, passar alguém que vem pela frente nunca é fácil com a configuração aerodinâmica atual.

Para 2012 a FIA resolveu alterar a zona de uso do DRS em relação ao ano passado, cuja ativação se dava em duas partes, uma na Droit du Casino e outra logo na sequência da curva 14, com uma só zona de detecção, posicionada na saída do grampo L'Epingle du Casino.

Para evitar a banalização das ultrapassagens com o uso do dispositivo, dessa vez a zona de ativação da asa traseira móvel será apenas na Droit du Casino e terá uma extensão cinquenta metros mais curta do que em 2011, estando posicionada a 600 metros da freada para a curva 13, tendo sido mantido, porém, a zona de detecção na saída da L'Epingle du Casino.

A reta principal é relativamente curta, mas ao final dela os carros atingem quase 300 km/h em sétima marcha. Logo após cruzar a linha de chegada, o piloto faz um leve desvio na trajetória à direita para frear forte para a primeira curva, reduzindo para a segunda marcha, a cerca de 135 km/h, não deixando o carro abrir muito na saída da curva para poder ter a melhor linha para a curva 2, a Virage Senna, feita também em segunda marcha, a pouco menos de 80 km/h. Na saída, com leve inclinação negativa, o piloto deve dosar o acelerador, pois é muito fácil o carro escapar de traseira.

Após a curva 2, um pequeno trecho considerado como reta com um leve desvio na trajetória para a direita no meio desse segmento, atingindo a velocidade de pouco mais de 250 km/h, em quinta marcha, ao final do qual há nova freada forte para uma chicane, composta das curva 3 e 4, reduzindo para a terceira marcha, onde o piloto evita pegar muito a zebra interna nesse local ou então pode acabar sendo arremessado para o muro na saída da curva 4, onde é comum vermos pilotos raspando o guard rail, que fica bem próximo à pista.

Novo trecho em aceleração, com uma leve curva à esquerda e depois à direita, a curva 5, local perigoso, com muros muito próximos, e foi o lugar onde Olivier Panis sofreu um acidente que resultou na fratura de ambas as pernas em 1997. A curva 5 é feita quinta marcha, a pouco mais de 250 km/h, em aceleração plena, porém no início da corrida, com os tanques cheios, é possível que os pilotos tenham de aliviar o acelerador para não acabar na grama do lado de fora.

Na saída da curva 5 vem outra freada forte para mais uma chicane, as curvas 6 e 7, com a primeira perna, a 6, mais fechada, feita em segunda marcha a pouco mais de 90 km/h, e a segunda perna em aceleração, com o piloto engatando a terceira marcha na saída da 7 para a reta oposta, ao final do qual o carro atinge a velocidade de quase 300 km/h, em sexta ou sétima marcha, dependendo da relação escolhida.

Quando estão debaixo do viaduto, os pilotos fazem mais uma forte frenagem para outra chicane, as curvas 8 e 9, no mesmo estilo da chicane anterior, com a primeira perna, a 8, mais fechada, em segunda marcha, a 120 km/h, acelerando na saída da curva para fazer a 9, outro trecho em que o piloto deve ter atenção, já que o uso excessivo da zebra do lado interno da curva 9 faz com que o carro seja projetado para o muro na saída dela.

Novo trecho de aceleração, passando pelo ponto onde Robert Kubica sofreu aquele espetacular acidente em 2007, área em que o piloto busca o lado externo da pista para ter a linha ideal para o último grampo do traçado, a curva 10, a L'Epingle du Casino, a mais lenta da pista, feita em segunda ou primeira marcha, a 60 km/h e que foi encurtado em 2002 para aumentar o trecho de escapatória.

Na saída da curva 10 há um pequeno desvio do traçado a esquerda, a curva 11, e depois à direita, a curva 12, ambas feitas em aceleração plena em quarta ou quinta marchas, e o piloto atinge a maior reta da pista, chamada de Droit du Casino, ao final do qual o carro atinge cerca de 320 km/h em sétima marcha, quando há a freada mais forte do traçado, reduzindo para a segunda marcha, a cerca de 130 km/h, para a última chicane, composta das curvas 12 e 13, com muito cuidado para evitar excessos na zebra interna da 13 para não ser atirado para o muro na saída da curva, muro este que já foi chamado de "Muro dos Campeões" devido a acidentes nesse trecho com pilotos campeões mundiais.

Na saída da curva 13 os pilotos passam bem perto do muro, utilizando a parte pintada de verde, chamada de "concregrama", e é comum vermos nesse lugar também os carros raspando na parede. Ultrapassada a curva final, o piloto novamente acelera para a reta principal onde completa a volta pelo circuito de Montreal.

Uma volta virtual por Montreal:


As corridas em Montreal costumam ser confusas, com a probalidade muito grande de intervenção do safety car para remoção de carros acidentados, já que os muros estão muito próximos à pista. Nos quatro últimos GPs do Canadá, a situação não foi diferente. Em 2007 Robert Kubica sofreu um grave acidente na saída da curva 8. Em 2008, Hamilton protagonizou uma patética cena ao abalroar no carro de Kimi Räikkönen nos pits, e esse evento quase resultou na perda do título para Felipe Massa no final do ano

Em 2010 a tônica foi desgaste de pneus, que gerou uma corrida "maluca", com muitas paradas em razão do desgaste permaturo e imprevisível dos pneus, gerando uma multiplicidade de estratégias que animaram bastante a prova, sendo esta a razão de hoje termos os pneus Pirelli que se desgastam com facilidade.

No ano passado foi a vez da chuva ser a protagonista, havendo necessidade de uma paralisação que durou horas até que a pista voltasse a ter condições de corrida, resultando na mais longa corrida da categoria, com mais de quatro horas de duração, situação que promoveu o limite de três horas imposto pela FIA no regulamento desta temporada.

Apesar da pista ser conhecida pela abrasividade, a Pirelli levará para Montreal os compostos macios e super-macios, de faixa amarela e vermelha respectivamente, os quais se mostraram bastante duráveis na prova de Mônaco, tanto que exigiu dos carros apenas uma parada para a troca de pneus.

A carro da vez é o AMG W03, que só não venceu em Monte Carlo em razão da impossibilidade de se fazer uma ultrapassagem naquela pista de rua, o que impediu Rosberg de superar o Red Bull de Mark Webber.

A Ferrari também deverá ser forte na pista canadense, já que o modelo do time italiano casa-se muito bem com os pneus mais macios da Pirelli, como se viu no ano passado, sendo essa a grande chance de Felipe Massa de dar a volta por cima das críticas que vem sofrendo.

Para domingo estão previstas 70 voltas, totalizando um percurso de 305,270 km, que deve ser cumprido em pouco mais de uma hora e meia caso não haja safety car, inexistindo qualquer previsão de chuva para o momento da prova, em que pese a possibilidade dos treinos livres serem realizados sob pista molhada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário