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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Hungaroring


No próximo domingo, o último do mês de julho de 2012, e antes do início das férias de verão para todos os envolvidos na categoria durante o mês de agosto, será a vez da Hungria dar início à segunda metade da temporada, em um evento que remonta a 1986, cuja corrida foi vencida por Nelson Piquet depois daquela antológica ultrapassagem sobre Ayrton Senna no final da reta principal.

Desta forma, esta será a 28ª edição do GP da Hungria, sendo que apenas 26 vezes essa prova esteve no calendário da Fórmula 1, sempre em Hungaroring, pista localizada nas cercanias da capital Budapeste, e quem possui um traçado bastante travado, mais parecendo um kartódromo, com retas de pequena extensão que tornam as ultrapassagens quase impossíveis, tanto que 64% das vezes o vencedor saiu da primeira fila, e somente em duas oportunidades o ganhador não esteve entre os carros que largaram das duas primeiras filas do grid (Nigel Mansell em 1989 e Jenson Button em 2006).

Segundo os pilotos, Hungaroring é como Mônaco, mas sem os guard-rails.

A pista, por incrível que pareça, já foi ainda mais travada, pois existia uma apertadíssima chicane na saída da curva 3, a qual foi abolida para 1989, e até 2002 a reta principal era menor, o que foi modificado com a reforma feita em 2003, que não só aumentou a extensão da reta dos boxes, como também alterou a curva 1, que era longa e muito parecida com a curva final, a 14, na tentativa de proporcionar maiores chances de ultrapassagem.

Na oportunidade, a pequena reta existente entre as curvas 11 e 12 também foi levemente aumentada, tornando a curva 12 mais apertada e lenta,   modificações estas que tornaram a pista ligeiramente mais rápida ao gerarem um acréscimo de cerca de 5 km/h na média de velocidade da volta.

O maior vencedor do GP da Hungria, com quatro triunfos em 1994, 1998, 2001 e 2004, é Michael Schumacher que, aliás, também é o detentor do recorde oficial da pista, com o tempo de 1min19s071, à média de 199,461 km/h, conseguido em 2004, com a Ferrari F2004 V10.

Foi nessa pista que, há três anos, Felipe Massa sofreu aquele gravíssimo acidente que resultou em fratura do crânio ao ser atingido por uma mola da suspensão que se desprendeu da Brawn de Rubens Barrichello, acabando com a temporada de 2009 do piloto da Ferrari que, depois disso, apesar dele negar, nunca mais foi tão competitivo quanto era até então.

O circuito, que é de baixíssima velocidade, gira no sentido horário e possui um total de 14 curvas, sendo oito para a direita e seis para a esquerda, obrigando aos pilotos o uso de praticamente toda inclinação possível de asa.

O principal ponto de ultrapassagem está no final da reta principal, ainda que o  piloto precise contar com um erro ou descuido do carro que vem à frente para completar a manobra, principalmente porque a asa móvel tenha muito pouco efeito em razão da pouca extensão da reta.

Como no ano passado, a zona de detecção do DRS será posicionada a 70 metros da tangência da curva 14 e o ponto de ativação estará colocado logo na saída dessa mesma curva.

A reta principal, ponto de maior velocidade do circuito, onde os carros atingem cerca de 300 km/h, possui leve declive e tem a linha de chegada  situada em seu primeiro terço da reta principal, iniciando a volta pela pista.

Entre as placas dos 100 e 50 metros, o piloto freia forte para a curva 1, uma curva apertada à direita, reduzindo para a segunda marcha, contornada a cerca de 90 km/h, deixando o carro escapar até a zebra externa para retomar a velocidade no pequeno trecho de reta.

Na sequência, mais ou menos próximo à placa dos 50 metros, dá-se início à freada para a curva 2, à esquerda, com um raio relativamente longo e em leve declive, reduzindo da quinta para a segunda ou terceira marcha, a 110 km/h, trazendo o carro para dentro na saída para buscar o melhor traçado para a curva 3, à direita, feita com o acelerador a pleno, em quinta marcha, a mais de 220 km/h, na parte mais baixa da pista antes de alcançar a segunda pequena reta da pista em subida, local onde do acidente de Felipe Massa em 2009.

Nessa reta, o piloto atinge 280 km/h, em sétima marcha, trazendo o carro para o lado de dentro da pista, até frear para a rápida curva 4, à esquerda reduzindo apenas duas marchas, a cerca de 210 km/h, local em que é comum os carros exagerarem na zebra localizada na saída e com isso perderem velocidade e serem alvos fáceis de ultrapassagens na curva seguinte.

Novo trecho de aceleração até a curva 5, uma curva à direita, também com o raio longo, em ligeiro aclive e com inclinação ligeiramente negativa, feita em terceira ou quarta marcha a quase 150 km/h, acelerando novamente para um pequeno trecho em reta que leva à apertada chicane, as curvas 6 e 7, à direita e esquerda, que possui zebras muito altas para se evitar o "corte da pista", local de muitas tentativas desesperadas de ultrapassagens, as quais geralmente acabam frustradas com um ou ambos os carros fora da pista ou danificados.

Para a primeira perna dessa variante, freia-se pouco antes da placa dos 50 metros, reduzindo para a segunda marcha, entrando a pouco mais de 100 km/h, com uma leve reaceleração para a segunda perna, também contornada em segunda marcha, mas dessa vez a cerca de 120 km/h, e é outro trecho em que muitos carros exageram na zebra posta na saída.

O piloto, então, acelera até engatar a quarta marcha em um pequeno trecho em reta que precede uma sequência sinuosa da pista, que é iniciado com leve freada para a curva 8, à esquerda, sem redução no câmbio, a cerca de 170 km/h.

Na saída, o carro é trazido rapidamente para o lado externo da pista, reduzindo para a terceira marcha, a cerca de 150 km/h para contornar a curva 9, à direita, com cuidado para não perder tempo na saída com o excesso do uso da zebra.

Depois, o piloto traz o carro rapidamente para o lado interno da pista para poder ter o melhor traçado para a curva 10, à esquerda, engatando a sexta marcha no meio dela, a cerca de 240 km/h, e novamente o bólido deve ser levado com rapidez para o lado externo da pista para o melhor contorno da curva 11, com uma leve freada, reduzindo a velocidade novamente para 240 km/h, em quinta ou sexta marcha, sendo este outro trecho em que os pilotos acabam exagerando na zebra na saída.

Após a curva 11, um pequeno trecho em reta em descida, engatando a sétima marcha para depois, entre as placas de 100 e 50 metros, frear forte novamente, reduzindo para a segunda marcha, a pouco mais de 110 km/h, quando então o piloto contorna a curva 12, à direita.

Novo trecho de reta em descida que leva à curva 13, à esquerda e que possui com raio longo, feita em segunda marcha, com a saída em leve aclive, a cerca de 100 km/h, quando então o carro segue para um trecho de leve subida e é trazido para o lado externo da pista reduzindo de quarta para a terceira marcha para a curva 14, a última do traçado, também de raio longo e à direita, a cerca de 130 km/h, quando então o piloto novamente atinge a reta principal, completando a volta.

Aqui vão dois vídeos com uma volta virtual em Hungaroring:


Para este ano, a Pirelli resolveu modificar a escolha dos pneus, trocando os super-macios e macios como option e prime, respectivamente, para os macios e médios, de faixa amarela e branca, em uma atitude conservadora da marca italiana em razão da ausência de informações quanto ao consumo da borracha na prova do ano passado, que foi afetada, por várias oportunidades, pela chuva.

A grande polêmica da ultrapassagem de Sebastian Vettel sobre Jenson Button em Hockenheim já ficou para trás, eis que a grande notícia da semana foi o sistema de mapeamento de motor utilizado pela Red Bull, considerado ilegal pela FIA, que promete punições em caso de ausência de modificações.

O sistema da equipe austríaca, supostamente, estaria dando ganhos aerodinâmicos ao RB8, apresentando uma variação de torque além dos limites permitidos, levando ao retardamento da ignição e, consequentemente, a liberação de gases do escapamento que poderiam influenciar o carro mesmo quando o piloto não está acelerando, justamente o efeito do "difusor soprado", o qual foi banido a partir desse ano, além de não permitir o excesso de giro da roda motriz na reaceleração, agindo como uma espécie de "controle de tração".

A questão foi levantada pelos outros times e a FIA certamente fará um comunicado de que, caso o time comandado por Christian Horner não faça as modificações, estará sujeira a punições.

É a segunda vez neste ano que a Red Bull é admoestada por componentes e sistemas presentes no RB8 teoricamente ilegais, já que em maio o time foi obrigado a modificar uma abertura no assoalho próximo às rodas traseiras.

Por sorte, a questão do mapeamento do motor é de fácil solução, mas é preciso verificar o quanto essa nova modificação influenciará a competitividade dos RB8, os quais vinham se apresentando nas últimas provas como o melhor de 2012.

O favoritismo, desta forma, recai sobre Fernando Alonso, o único a vencer por três vezes na temporada principalmente pelo altíssimo nível de condução e determinação que vem apresentando até agora, já que o F2012 não é aquela maravilha aerodinâmica.

Da McLaren tudo se espera, bem porque o pacote de atualização instalado no MP4-27 em Hockenheim não foi muito bem desenvolvido em razão do fim de semana chuvoso na Alemanha, razão pela qual é impossível se determinar ao certo o real potencial do carro revisado.

Já a Lotus terá na Hungria aquela que poderá ser sua maior chance de, finalmente, vencer uma prova, algo que não acontece desde que Alonso guiava pelo time na época da Renault, porém necessita, para tanto, fazer uma excelente qualificação, algo primordial em uma pista como Hungaroring e que vem sendo o "calcanhar de Aquiles" da escuderia.

A meteorologia prevê um fim de semana de muito calor na Hungria, com os termômetros chegando à casa dos 32ºC, ainda que haja possibilidade de chuva durante os treinos livres de sexta-feira e durante a prova.

A corrida está prevista para ser disputada em 70 voltas, com um total de 306,630 km/h de prova, que deverá ser percorrida em cerca de uma hora e quarenta minutos se não houver intervenção do safety car, algo que não é incomum acontecer, ou mesmo não haja a chuva prevista.

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