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domingo, 18 de novembro de 2012

WTCC - Round 12 - Macau


Na madrugada de hoje a cidade de Macau recebeu a última etapa do WTCC, o Campeonato Mundial de Carros de Turismo, no tradicional citadino Circuito da Guia, o qual também foi palco, no mesmo fim de semana, do GP de Macau de Fórmula 3, concebido em 1954 e que teve entre seus vencedores Riccardo Patrese, Roberto Moreno, Ayrton Senna, Maurício Gugelmin, Michael Schumacher, David Coulthard, Ralf Schumacher, Takuma Sato, Lucas di Grassi, entre outros, enquanto que os campeonatos europeus de carros de turismo têm Macau em seu calendário desde meados da década de 1960

A pista de rua apresenta duas seções totalmente distintas, a parte baixa, que é bastante larga e possui longas retas entremeadas por curvas muito rápidas, algumas das quais totalmente sem qualquer alívio no acelerador, enquanto que a parte alta é extremamente estreita e sinuosa, com muitos esses e que culmina com a famosa Melco, um grampo apertadíssimo, com cerca de sete metros de largura, local de muitos acidentes e engarrafamentos.

Como é de costume nas derradeiras da temporada, novamente houve uma série de mudanças na lista de participantes.

A principal equipe da BMW, por exemplo, a ROAL, substituiu Alberto Cerqui, que havia feito até então a temporada completa, por Kei Cozzolino que, apesar de ter nascido e criado no Japão, possui nacionalidade italiana e fez sua carreira no automobilismo nipônico, mas estava parado desde 2010.

A Engstler Motorsport, que também corre com os modelos 320 TC, substituiu Alex Liu, que correu com o terceiro carro da equipe apenas em Jiading, pelo macauense Jo Merszei, que integra o time de Franz Engstler anualmente apenas para essa prova.

Pelos lados da Seat, a Tuenti, segundo time no escalão da marca espanhola, alinhou um terceiro carro para o português André Couto, que compete pela Super GT japonesa desde 2004 e vem para Macau para correr apenas essa etapa pelo WTCC desde 2005.

A China Dragon Racing, que já havia competido em Xangai com apenas dois carros, inscreveu mais um piloto, o também macauense Célio Alves Dias para o volante do Chevrolet Lacetti de Ng Kin Veng, que foi "promovido" para correr com um modelo Cruze LT.

Apesar das baixas da Aviva-Cofco, Sunred, Song Veng Racing Team e Look Fong Racing Team, o contingente de competidores aumentou com entrada dae times locais como a RPM Racing Team (com um BMW 320si para o veterano macauense Mak Ka Lok, como sempre acontece nessa etapa final do WTCC), a Five Auto Racing Team (com um Honda Accord Type R para o também piloto da casa Eurico de Jesus) e a Ho Chun Kei (com um BMW 320si para outro piloto da Macau, Henry Ho).

O fim de semana no Circuito da Guia esteve bastante tenso em razão de duas mortes ocorridas em treinos de outras categorias que também integram a tradicional prova, a primeira delas já na quinta-feira, quando o português Luís Filipe de Sousa Carreira bateu com força sua motocicleta da categoria Super  Bike Suzuki GSX-1000 cilindradas na Curva dos Pescadores, enquanto que a outra ocorreu no dia seguinte, quando o piloto de Hong Kong Phillip Yau bateu seu Chevrolet Cruze a cerca de 250 km/h na saída da rapidíssima Mandarim Oriental e se incendiou, lembrando muito o acidente que tirou a vida de Dale Earhardt nas 500 Milhas de Daytona de 2001.

Mas, o show deve continuar e, pela disputa do título, Robert Huff conseguiu sair na frente ao marcar a pole position com o tempo de 2min29s422, à média de 147,44 km/h, deixando Yvan Muller em segundo e Alain Menu em terceiro, com Tarquini em quarto como o "melhor do resto".

Em uma prova bastante nervosa, principalmente entre o trio da Chevrolet, Muller logo tomou a ponta de Huff, com Menu em terceiro, os quais foram acompanhados sempre de perto por Tiago Monteiro e Gabriele Tarquini, estes últimos andando muito bem ao conseguirem acompanhar o ritmo dos Cruze de fábrica.

Na quarta volta, Huff aproveitou-se de um descuido de Muller e colocou seu carro de lado para uma grande ultrapassagem sobre o francês na Curva Lisboa, o que seria mais do que suficiente para o britânico ficar com o título antes mesmo da derradeira segunda bateria.

Entretanto, com excesso de "gana", Huff tentou forçar om ritmo para abrir boa distância de Muller tão logo fez a ultrapassagem, mas o Circuito da Guia não perdoa e o britânico perdeu o controle sozinho do seu carro na Curva do Paiol e acertou o muro, decretando o fim da corrida de Huff e o adiamento da decisão.

Com isso, Muller herdou novamente a liderança e passou a ser bastante pressionado por Menu, que ainda sonhava em ser campeão, disputa esta que quase terminou mal a duas voltas do fim na Curva da Maternidade quando o suíço acertou de leve a traseira do carro do francês, que mostrou habilidade em não deixar seu carro rodar ou acertar as barreiras para então receber a bandeira quadriculada na frente para a primeira vitória dele em Macau.

Tiago Monteiro fez o primeiro pódio para a Honda em sua quinta corrida pela marca japonesa, que já "mostra suas garras" para a temporada que está por vir, quando o português terá a seu lado o experiente Gabriele Tarquini, o qual, por sua vez, não quis arriscar tirar da prova seu futuro colega de equipe e ficou com a quarta posição.

Entre os independentes, a disputa ficou alijada de emoções quando Bennani, Michelisz e D'Aste se tocaram na Curva Lisboa, bloqueando o caminho daqueles que vinham atrás, formando um congestionamento digno da cidade de São Paulo na hora do rush e, até que os fiscais conseguissem abrir passagem, O'Young, único independentes que escapou, já tinha mais de um minuto de vantagem sobre os demais.

Assim, o piloto de Hong Kong venceu fácil pelo Troféu Yokohama, deixando Franz Engstler em segundo e Fredy Barth, retornando a Macau depois do terrível acidente sofrido no ano passado, em terceiro, já que Pepe Oriola foi uma das vítimas do engavetamento na primeira volta.

Marcaram pontos na primeira bateria:

Yvan Muller (FRA) Chevrolet Cruze 1.6T
Alain Menu (SUI) Chevrolet Cruze 1.6T
Tiago Monteiro (POR) Honda Civic S2000 TC
Gabriele Tarquini (ITA) Seat León WTCC 1.6T
Darryl O'Young (HK) Chevrolet Cruze 1.6T (i)
Tom Coronel (HOL) BMW 320 TC
Franz Engstler (ALE) BMW 320 TC (i)
Fredy Barth (SUI) Seat León WTCC 1.6T (i)
Alex MacDowall (GBR) Chevrolet Cruze 1.6T (i)
10º Tom Boardman (GBR) Seat León WTCC 1.6T (i)

Com o abandono de Robert Huff na primeira bateria, a segunda se iniciou bem mais nervosa que a anterior, principalmente pelo fato dos pilotos de fábrica de Chevrolet, todos com chances de título, estarem largando do meio do pelotão, o que daria o tom de dramaticidade diante da possibilidade de que acidentes na primeira volta pudessem eliminar algum dos postulantes ao "caneco".

Enquanto Michelisz fazia uma largada "canhão" saindo da terceira posição para a ponta logo nos primeiros metros, deixando para trás MacDowall e Oriola, Menu também fez excelente partida de sétimo para quarto.

Na segunda volta, MacDowall recuperou a liderança enquanto que Michelisz caiu da primeira posição para a terceira ao ser ultrapassado por Menu que, metros antes se livrou de Oriola antes da freada para a Curva Lisboa.

Bastante determinado, Menu ascendeu à ponta ao passar MacDowall na terceira volta que, sem espaço, também acabou sendo superado por Michelisz e Oriola até que na volta seguinte, o britânico foi tocado de forma nada leal por Yvan Muller e acabou rodando antes de acertar com força o guard-rail, deixando a todos preocupados em razão dos acontecimentos no fim de semana, mas felizmente o piloto da Bamboo Engineering saiu sozinho de seu Cruze, ainda que o safety car tenha sido acionado para propiciar os reparos e limpeza da pista.

O incidente com MacDowall fez com que Menu diminuísse a velocidade do seu carro, o que foi suficiente para que Robert Huff, em momento de puro oportunismo, passasse seu colega de equipe para se colocar na quarta posição, o que seria suficiente para o britânico ficar com o título.

Após três voltas, a corrida teve a sua relargada, mas só durou mais uma volta, já que Michelisz foi tocado por Oriola na freada para a Curva Lisboa e ambos acabaram nas barreiras para não só abandonarem a prova como também para colocarem fim de vez a disputa pelo título dos independentes em favor do húngaro, já que Stefano D'Aste havia deixado a corrida depois de um toque na primeira volta com Ng Kin Veng.

O carro de segurança novamente foi obrigado a intervir e liderou o pelotão até o final para encerrar a prova em mais uma trifeta da Chevrolet, com Alain Menu conseguindo sua primeira vitória em Macau, Robert Huff, após se livrar ileso do incidente entre Michelisz e Oriola, em segundo e Muller em terceiro.

Com esse resultado, Robert Huff ficou com o seu primeiro título na categoria, o qual quase foi perdido após a besteira na corrida inaugural da rodada dupla.

No quarto lugar, Tiago Monteiro foi o melhor do resto, demonstrando novamente a força do novo Honda Civic, ajudado, é claro, pelos inúmeros acidentes que envolveram os pilotos que vinham à frente em razão da inversão do grid de largada.

Entre os independentes, Darryl O'Young herdou a ponta após os abandonos de MacDowall, Michelisz e Oriola para vencer pela segunda vez no fim de semana, deixando Franz Engstler novamente em segundo e Aleksei Dudukalo em terceiro.

Marcaram pontos na segunda bateria:

Alain Menu (SUI) Chevrolet Cruze 1.6T
Robert Huff (GBR) Chevrolet Cruze 1.6T
Yvan Muller (FRA) Chevrolet Cruze 1.6T
Tiago Monteiro (POR) Honda Civic S2000 TC
Darryl O'Young (HK) Chevrolet Cruze 1.6T (i)
Franz Engstler (ALE) BMW 320 TC (i)
Aleksei Dudukalo (RUS) Seat León WTCC 1.6T
Fredy Barth (SUI) Seat León WTCC 1.6T (i)
Tom Boardman (GBR) Seat León WTCC 1.6T (i)
10º Fernando Monje (ESP) Seat León WTCC 1.6T (i)

Apesar de chegar a Macau praticamente com o título em suas mãos, Robert Huff quase desperdiçou a chance de se sagrar campeão pela primeira vez no WTCC com uma "barbeiragem" na Curva do Paiol, o que o fez abandonar a primeira bateria.

Se no ano passado o britânico perdeu o título tendo liderado a maior parte do ano, dessa vez foi sua chance de se redimir e partir para a liderança do torneio assim que Yvan Muller começou a ser punido pelas suas atitudes desleais em pista, situações que custaram ao francês o seu quarto campeonato na categoria.

Já Alain Menu, que esteve praticamente fora da disputa, fez um grande fim de campeonato, o qual, infelizmente, não compensou os excessos de azares que  o suíço teve no começo da temporada, sem os quais ele poderia ter ficado com o título.

 Robert Huff413
 Alain Menu 401
 Yvan Muller 393
 Gabriele Tarquini 252
 Tom Coronel 207
 Norbert Michelisz 155
 Stefano D'Aste 144
 Pepe Oriola
131
 Tiago Monteiro
95
10º  Mehdi Bennani
68
11º  Alex MacDowall
68
12º  Franz Engstler
64
13º  Alberto Cerqui
45
14º  Darryl O'Young
37
15º  Aleksei Dudukalo
33
16º  Michel Nykjaer
20
17º  Tom Boardman
16
18º  Colin Turkington
15
19º  Rickard Rydell
14
20º  James Nash
12
21º  Fredy Barth
8
22º  Tom Chilton
7
23º  Gábor Wéber
3
24º  Fernando Monje
2
25º  Charles Ng
1

Entre os independentes, o campeonato terminou de forma melancólica com dois acidentes que envolveram os três pretendentes ao título, principalmente aquele entre Pepe Oriola e Norbert Michelisz, o qual deu a Troféu Yokohama para o húngaro, compensando a dolorosa perda do campeonato no ano passado.

 Norbert Michelisz 139
 Pepe Oriola 126
 Stefano D'Aste
122
 Franz Engstler
114
 Alex MacDowall
105
 Darryl O'Young
87
 Mehdi Bennani
73
 Alberto Cerqui
64
 Aleksei Dudukalo
52
10º  Tom Boardman
51
11º  Fredy Barth
26
12º  Michel Nykjaer
20
13º  Fernando Monje
16
14º  Gábor Wéber
15
15º  Pasquale di Sabatino
12
16º  Charles Ng
12
17º  Jo Merszei
4
18º  Isaac Tutumlú
3
19º  Andrea Barlesi
3
20º  Filipe Souza
2
21º  Henry Ho
2
22º   Robb Holland
2

Enquanto a Chevrolet batia o recorde de pontos da temporada, a Seat "roubava" da BMW o segundo lugar no Campeonato de Construtores em razão do péssimo resultado dos carros da marca bávara em Macau.

 Chevrolet 1025
 Seat Costumer
650
 BMW Customer
617

Ajudada pelo regulamento, que distribui o dobro de pontos na prova de Macau, a Lukoil conseguiu ascender à liderança na tabela e ficar com o Troféu Yokohama, fazendo com que a ROAL perdesse um título praticamente ganho após o abandono de Tom Coronel na segunda bateria.


 Lukoil Racing Team182
 ROAL Motorsport178
 Tuenti Racing Team146
 Bamboo Engineering
113
 Zengö Motorsport
101
 Wiechers-Sport
90
 Liqui Moly Team Engstler
73
 Proteam Racing
47
 Special Tuning Racing
39
10º Seat Swiss Racing
18
11º Team AON
18
12º Team Aviva-Cofco
9

Para o ano que vem a esperança que se tem é que, com o abandono da Chevrolet, as disputam possam ser um pouco mais equivalentes, algo que não se viu nestes dois últimos anos em que os Cruze oficiais de fábrica dominaram o WTCC.

Para suprir a ausência da Chevrolet, que estará no grid apenas como fornecedora, e não mais como equipe oficial, a categoria terá de volta a Honda, que fez as últimas três rodadas duplas, bem como o ingresso da Citroën, a qual provavelmente terá ao volante de um de seus carros, que poderão ser o DS4 ou o DS5, o multicampeão do WRC Sébastien Loeb.

Além disso, a Münnich Motorsport já anunciou que deixará o campeonato da FIA GT1, onde foi campeã este ano, para ingressar no WTCC com modelos Seat León e ambos os pilotos que fizeram parte do time alemão em 2011, Marc Basseng e Markus Winkelhock.

A russa Lada é outra que também deixou claras as suas intenções de fazer uma temporada completa no WTCC no próximo ano com o patrocínio da Lukoil, tendo na linha de pilotos Aleksei Dudukalo e James Thompson, que participou das rodadas duplas em Portugal e Hungria este ano com o modelo Granta.

O calendário da categoria para 2013 traz treze rodadas duplas, uma a mais que este ano, já que houve a introdução da etapa em Moscou, no início de junho, iniciando-se em 10 de março, com na Espanha, em local a ser definido e que provavelmente deverá ser o Circuito Ricardo Tormo, em Valência.

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