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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Mercedes AMG F1 W03





A Mercedes-Benz faz desta a sua terceira temporada na Fórmula 1 desde que adquiriu o time de Ross Brawn, campeão em 2009, descendendo diretamente da equipe Honda, a qual um dia já foi a BAR, criada por Jacques Villeneuve e seu empresário Craig Pollock, que compraram o espólio da tradicional Tyrrell.

Para 2012, no entanto, o escuderia alemã promoveu diversas mudanças, sendo a primeira delas o acréscimo ao seu nome da sigla AMG, a divisão da montadora de Stuttgart para carros de alto desempenho, cujas letras vêm do nome dos engenheiros fundadores da empresa, Hans Werner Aufrecht e Enhard Melcher, além de Großaspach (ou Grossaspach), cidade natal de Aufrecht, reforçando assim o desapego a tudo aquilo que lembre as origens da equipe comandada por Ross Brawn.

A segunda alteração que se nota vem da reformulação total do corpo técnico da equipe, com a contratação de Bob Bell, ex-Renault, no início do ano passado, complementada pela vinda de Aldo Costa, demitido da Ferrari em maio de 2011, e de Geoff Willis, que teve passagens pela Williams, Leyton House, McLaren e Red Bull, e também pela atual Mercedes, quando ainda era BAR e Honda.

Muitos dizem que essas contratações demonstram nada menos do que o desespero de Norbert Haug pelos dois anos sem nenhuma vitória na Fórmula 1, principalmente porque se tratam de nomes que foram desprezados por outras grandes equipes.

As modificações, no entanto, param por aí, já que a escuderia dos flechas de prata mantem sua dupla de pilotos, Michael Schumacher e Nico Rosberg, desde o retorno da marca com estrutura própria em 2010.

O carro, batizado de W03, aparenta ser mera evolução lógica do seu antecessor, o MGP W02, com atualizações em razão das modificações do regulamento, como o rebaixamento do nariz e a obrigatoriedade de que o escapamento esteja voltado para cima.

Em razão disso os sidepods foram totalmente redesenhados e estão mais esguios, com a introdução dos canos de descarga na porção final da peça. Além disso, é possível ver uma alteração na entrada de ar para o radiador, mais "pontuda" e arredondada, lembrando muito a opção da Ferrari.

O nariz também foi alterado, com o abandono daquele formato de "bico de pato", já que agora está bem mais estreito e apresenta, tal qual os demais times, à exceção da McLaren, o famoso e horroroso degrau, com um desnível bastante grande em relação aos demais modelos de 2012.

A apresentação oficial do novo modelo da Mercedes se deu hoje, em Barcelona, antes do início da segunda rodada de testes coletivos, mas o carro já havia sido flagrado durante o shakedown feito no domingo, em Silverstone,  onde andou por cerca de 300 quilômetros, inclusive com a realização de um vídeo teaser promocional feito pelo próprio time.

Há duas semanas, durante os primeiros testes coletivos que ocorreram no circuito de Jerez de la Frontera, o time de Ross Brawn e Norbert Haug utilizaram o carro do ano passado, devido ao atraso no lançamento do W03, restando saber se tal fato trará prejuízos ao time, que ainda busca "desencantar" na categoria desde que foi campeão em 2009 como equipe independente.

O fato é que Michael Schumacher e Nico Rosberg terão muito trabalho para compensar a demora na fabricação do novo carro e então colocá-lo no mesmo nível de desenvolvimento dos demais times favoritos, que já andaram com seus novos modelos, acumulando quilometragem e coletando informações, itens vitais na briga pelos décimos de segundo que definem um carro vencedor de outro mero coadjuvante.

Ficha técnica:


Pilotos
 Michael Schumacher - 8  Nico Rosberg
Chassi
W03
Caixa de câmbio
Unidade em alumínio de sete marchas, mais a marcha-a-ré, com comando semi automático sequencial por ativação hidráulica
Freios
Brembo, com discos ventilados de fibra de carbono
Suspensão
Independente do tipo push-rod de ativação da torção das molas dianteiras e do tipo pull-rod nas traseiras, com amortecedores Penske
Peso
640 quilogramas, com piloto água e lubrificantes
Rodas
BBS de 13 polegadas
Motor
Mercedes-Benz FO108Z, V8 em 90º, 32 válvulas, 2,4 litros, 95 quilogramas, limitado a 18.000 RPM, com injeção e ignição eletrônicas
Combustível e lubrificantes
Petronas

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Rally da Suécia


Neste fim de semana aconteceu a segunda etapa do WRC, o Campeonato Mundial de Rally da FIA, tendo como palco a Suécia, onde o frio e a neve colocou à prova a habilidade dos pilotos em um total de 24 estágios cronometrados, ou seja, um na quinta-feira, nove na sexta-feira (sendo seis deles totalmente em solo norueguês, e apenas um, a SS2, parte na Suécia e parte na Noruega, com direito a travessia de fronteiras), oito no sábado e os seis restantes no domingo, totalizando 349,16 quilômetros de competição, ou 1.842,60 quilômetros, contando os trechos de ligação.

Baseado na cidade Karlstad, a cerca de 310 quilômetros à oeste de Estocolmo, e aproximadamente a 130 quilômetros da fronteira com a Noruega, a etapa transcorreu com temperaturas que chegaram a 25 graus negativos, frio que não afastou os espectadores, que se amontoaram principalmente para ver os carros saltando pelo trecho denominado de "Colin's Crest", em homenagem ao espetacular escocês Colin McRae, campeão da categoria em 1995, e que faleceu em um acidente de helicóptero em 2007.

Para este rally, foram introduzidas novas regras esportivas, primeiro com a criação de uma espécie de "estágio de qualificação" após o shakedown, sendo que o mais rápido poderá escolher a posição em que largará no dia seguinte, seguindo a ordem de colocações nesse estágio até que o último não tenha mais opções.

Além disso, para os demais dias, a ordem de largada se dará pela inversão da classificação no dia anterior, sendo que o piloto que estiver liderando a competição será o último a largar durante todo o dia seguinte, evitando, assim, as bizarras estratégias vistas nos últimos anos, em que os pilotos reduziam a velocidade no último estágio do dia para não ser o primeiro a largar na manhã seguinte, sem que o "trilho" esteja formado, levando a uma menor aderência dos pneus.

Com a expectativa de manter o domínio no evento sueco, que vem desde 2006, o time oficial da Ford sabia que o principal rival seria seu ex-piloto Mikko Hirvonen, agora na Citroën, vencedor das duas últimas edições, e por isso a equipe do oval azul apostou todas as fichas em Jari-Matti Latvala, que queria se redimir do acidente que sofreu em Monte Carlo.

A briga entre esses dois finlandeses, Hirvonen e Latvala, foi a tônica do Rally da Suécia, sem dar qualquer chances aos demais pilotos, inclusive Sébastien Loeb, bastante discreto durante todo o fim de semana.

O início do rally foi bastante agitado, já que ainda no primeiro dia a liderança mudou de mão cinco vezes, iniciando com Daniel Sordo, vencedor da superspecial na quinta-feira à noite em um percurso de quase dois quilômetros montado na cidade Karlstad, com Mads Ostberg assumindo a ponta na SS2. Depois foi a vez de Latvala pontear na SS3 e SS4, passando a coroa para Hirvonen na SS5 até a SS7. A partir da SS8, Lavtala retomou a frente, e não a perdeu mais.

O piloto da Ford foi, de certa forma, ajudado por um problema de aderência no Citroën de Hirvonen ao final do sábado, mas mesmo assim ainda foi capaz de mostrar sua força no domingo, aumentando a diferença em mais dez segundos, chegando a cerca de 36 segundos até que, na SS22, o primeiro estágio da tarde do último dia, acabou acertando uma pedra à beira da pista, levando a um furo no pneu dianteiro direito e a redução da frente para apenas 8s4.

Latvala, no entanto, não se abateu, dobrando sua liderança nos dois últimos estágios da competição, repetindo a vitória que alcançou em 2009, quando se tornou o mais jovem piloto a vencer no WRC, cabendo a Hirvonen se contentar com o segundo lugar, o seu melhor resultado por sua nova equipe.

A outra briga que animou o rally foi aquela pelo último degrau do pódio, travada também entre dois compatriotas, os noruegueses Petter Solberg e Mads Ostberg.

O piloto oficial da Ford vinha conseguindo manter o terceiro lugar, com uma distância relativamente exígua, mas na SS2 perdeu o pódio para Ostberg após ter o pneu dianteiro direito furado quando acertou uma pedra, a mesma que quase tirou a vitória de seu colega de time.

Já o atual octacampeão, Sébastian Loeb, esteve irreconhecível na Suécia, cometendo dois erros, algo incomum no francês, um na SS7 ainda no primeiro dia, quando saiu da pista e ficou preso no gelo, perdendo cerca de dois minutos, e outro na SS12, quando rodou. Para piorar, o piloto da Citroën ainda teve o pneu dianteiro direito furado na SS18, o último estágio do sábado, já no crepúsculo, após atingir uma pedra pela floresta, relegando-o para um discreto sexto lugar.

Apesar de tudo, Loeb ainda conseguiu vencer o power stage, garantindo mais três pontos extras ao fazer o tempo de 2min58s7. Solberg ficou com o segundo posto e dois pontos de bonificação com o tempo de 3min03s6, deixando Latvala com o terceiro lugar e apenas um ponto, cronometrando 3min04s4.

Demais destaques para Evgeny Novikov que, com o carro da M-Sport, equipe satélite da Ford, cravou o segundo quinto lugar consecutivo na temporada, mostrando até agora acertada a escolha de Malcolm Wilson, diretor esportivo da marca do oval azul.

O sueco Patrik Sandell fez boa aparição em seu evento "caseiro", ficando com o oitavo posto, mesmo sendo esta a primeira vez que pilotou um carro da principal divisão do WRC, o Mini Cooper, salvando a marca após o abandono de Daniel Sordo na SS8 em razão de superaquecimento provocado pela quebra do radiador em uma barreira de gelo.

Apesar dos bons resultados do Mini Cooper até agora, a BMW, fabricante do modelo, anunciou a rescisão contratual que mantinha com a Prodrive, responsável pelo projeto do WRC, devido a diferenças quanto ao financiamento do programa de competição.

Por outro lado, o francês Sébastien Ogier, fora dos holofotes em 2012, fez um excepcional rally, terminando na 11ª posição, muito próximo de pontuar, mesmo ao volante de um carro da categoria S2000 da Skoda, em preparação para a estreia do modelo Polo da Volkswagen.

Pela primeira vez na Suécia tivemos dois brasileiros correndo no gelo, Paulo Nobre, que abandonou na penúltima especial pelo mesmo motivo que causou a desistência de Sordo, e Daniel Oliveira, que estreou na temporada de 2012 correndo com Subaru Impreza STI privado, terminando na 41ª posição.

Esses foram os que marcaram pontos no Rally da Suécia:

Jari-Matti Latvala (FIN) Ford Fiesta
Mikko Hirvonen (FIN) Citroën DS3
Mads Ostberg (NOR) Ford Fiesta (privado)
Petter Solberg (NOR) Ford Fiesta
Evgeny Novikov (RUS) Ford Fiesta
Sébastien Loeb (FRA) Citroën DS3
Henning Solberg (NOR) Ford Fiesta (privado)
Patrik Sandell (SUE) Mini Cooper
Martin Prokop (TCH) Ford Fiesta (privado)
10º Eyvind Brynildsen (NOR) Ford Fiesta (privado)

Mesmo após um decepcionante desempenho, Loeb mantem a ponta graças à vitória em Monte Carlo, bem como dos dois power stages até agora, deixando seu colega de equipe na Citroën, Mikko Hirvonen, com a segunda posição.

Tentando se recuperar após uma estreia acidentada, Latvala assume a quarta posição, mas ainda está atrás do seu companheiro de equipe na Ford, Petter Solberg.

 Sébastien Loeb 39
 Mikko Hirvonen
32
 Petter Solberg
29
Jari-Matti Latvala 26
Evgeny Novikov
21
 Daniel Sordo
18
 Mads Ostberg
15
 François Delecour 8
 Henning Solberg
6
10º  Pierre Campana
6
11º  Ott Tänak
4
12º  Patrik Sandell
4
13º  Martin Prokop
4
14º  Armindo Araújo
1
15º  Eyvind Brynildsen
1

A Citroën mantem a liderança no campeonato de construtores, o que é natural, mas a Ford reage e reduz a diferença para apenas dez pontos, deixando a Mini cair da segunda para a quarta posição.

Citroën WRT 65
Ford WRT 55
M-Sport WRT 28
Mini WRC Team 26
Qatar Citroën 8

O próximo compromisso do WRC é o Rally do México, daqui a cerca de um mês, entre os dias 08 a 11 de março, evento que no ano passado protagonizou o primeira disputa ferrenha entre os então pilotos da Citroën, Sébastien Loeb e Sébastien Ogier, vencida pelo atual campeão.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Red Bull RB8






A atual bicampeã mundial de pilotos e construtores vem para defender seu título na temporada de 2012 com o RB8, que nada mais é do que uma evolução do chassi RB5, utilizado em 2009, que teve pequenas modificações no decorrer desses três anos.

A grande novidade do novo carro é realmente o degrau no bico, bastante saliente, e que esconde uma pequena e misteriosa passagem de ar, a qual rendeu diversas especulações a respeito da função dela.

Adrian Newey relatou que se trata de um duto para o arrefecimento do cockpit, porém esse foi o mesmo argumento da McLaren quando lançou em 2010 o duto frontal, que foi banido no fim de 2010, já que o regulamento técnico passou a proibir qualquer sistema que utilize o movimento do piloto a fim de alterar as características aerodinâmicas do carro.

Alguns chegaram a dizer que se tratava de um sistema de refrigeração do KERS, que teve diversos problemas no ano passado, já outros cogitam que tenha utilidade aerodinâmica, como aquela utilizada pela Ferrari em 2008.


Além disso, os sidepods estão ligeiramente mais altos, e houve a retirada da aleta que existia no fim do cofre do motor, onde estava posicionado "o rabo" do touro vermelho.

A Red Bull era o time que melhor conseguiu utilizar os efeitos do difusor soprado, banido para 2012, mas por força do regulamento técnico para este ano, que determina que os gases dos escapamentos sejam lançados para cima, o RB8 teve os canos de descarga colocados para a seção posterior dos sidepods, tal qual os demais modelos da temporada. 

O carro foi oficialmente lançado ontem, diretamente do site da escuderia, que apresentou tão somente um curto vídeo com closes do carro, e algumas ilustrações digitais, que apenas davam uma ideia sobre o que estava por vir.

As fotografias que ilustram esse post foram tiradas hoje, durante o primeiro dia de treinos livres em Jerez de la Frontera, iniciando, formalmente, a temporada de inverno da Fórmula 1.

O time comandado por Christian Horner continua a ser o favorito, ainda mais porque possui ao seu lado a genialidade de Adrian Newey que, quando  "acerta a mão", é difícil para os demais engenheiros conseguirem acompanhar.

Resta agora saber se Sebastian Vettel terá outra temporada dominadora como teve no ano passado, quando se tornou o mais jovem bicampeão do mundo, e parecia andar rápido e vencer quando bem entendesse.

Outra dúvida é ver como o RB8 se sairá sem os difusores soprados, que muitos dizem terem sido a principal razão do sucesso da Red Bull em 2011.

Ficha técnica:


Pilotos
 Sebastian Vettel - 2  Mark Webber
Chassi
RB8
Caixa de câmbio
Red Bull Technology de sete marchas, mais a marcha-a-ré, com comando semi automático sequencial
Freios
Brembo, com discos ventilados de fibra de carbono
Suspensão
Em alumínio e fibra de carbono, independente do tipo push-rod de ativação da torção das molas dianteiras e do tipo pull-rod nas traseiras, com amortecedores Multimatic
Peso
640 quilogramas, com piloto água e lubrificantes
Rodas
OZ de 13 polegadas
Motor
Renault R27-2012, V8 em 90º, 32 válvulas, 2,4 litros, 95 quilogramas, limitado a 18.000 RPM, com injeção e ignição eletrônicas
Combustível e lubrificantes
Total

Williams FW34





Após o retumbante fracasso em 2011, quando conseguiu meros cinco pontos, contra 69 de 2010, a Williams fez uma total reformulação no time, tratando, primeiramente, de demitir Sam Michael, o diretor técnico, para contratar Mike Coughlan, aquele mesmo que ficou conhecido no escândalo de espionagem em 2007, quando estava na McLaren e foi acusado de utilizar dados sigilosos da Ferrari enviados por Nigel Stepney, chefe dos mecânicos na escuderia italiana.

Depois, necessitando desesperadamente de dinheiro, manteve Pastor Maldonado, que traz polpudas somas proporcionadas por Hugo Chávez, e advindas da PDVSA, a estatal petroleira venezuelana, e trouxe, para o lugar do experiente Rubens Barrichello, Bruno Senna, que também possui um grande cartel de patrocínios, capitaneado por Eike Batista e sua empresa, a OGX, além do seu antigo parceiro desde a época da Fórmula 3 Inglesa, a Embratel.

O novo modelo, lançado hoje, o FW34, porém, não mostra nenhuma solução radical ou revolucionária, pois muito pelo contrário, o que se vê é apenas uma evolução natural em relação ao FW33, com modificações para adaptar o carro ao regulamento técnico de 2012, que exigiu o bico mais baixo (daí o degrau na frente), e a extinção dos difusores soprados, que levaram a realocação dos escapamentos para a lateral.

O time adaptou a inovação trazida no carro do ano passado, com a fixação da suspensão traseira direto no suporte da asa posterior, já que agora é o suporte do aerofólio que está fixado no braço superior da suspensão sobre a caixa de câmbio.

O carro agora está equipado com o fortíssimo motor Renault, campeão com a Red Bull nos últimos dois anos, ao invés dos pouco potentes Cosworth, algo que, por si só, deve trazer um pouco de melhora em relação ao pífio ano de 2011.

Ainda sim é pouco provável que a Williams reviva seus dias de glória, principalmente porque Frank se recusa a ceder parte das ações a montadoras, sendo o último real garagista, aqueles que fizeram a Fórmula 1, que ainda se sustenta nos dias atuais.

Ficha técnica:


Pilotos
18  Pastor Maldonado - 19  Bruno Senna
Chassi
FW34
Caixa de câmbio
Williams F1 de sete marchas, mais a marcha-a-ré, com comando semi automático sequencial eletro-hidráulico
Freios
AP, com discos ventilados de fibra de carbono
Suspensão
Em fibra de carbono, independente do tipo push-rod de ativação da torção das molas dianteiras e do tipo pull-rod nas traseiras
Peso
640 quilogramas, com piloto água e lubrificantes
Rodas
Rays de 13 polegadas
Motor
Renault R27-2012, V8 em 90º, 32 válvulas, 2,4 litros, 95 quilogramas, limitado a 18.000 RPM, com injeção e ignição eletrônicas
Combustível e lubrificantes
Total

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Toro Rosso STR7





A Toro Rosso, equipe formadora de pilotos para a "matriz" Red Bull, apresentou em Jerez de la Frontera o STR7, um projeto inteiramente desenvolvido em Faenza, na Itália, antiga sede da Minardi, da qual descende esse time satélite.

O carro, na verdade, não passa de uma evolução do STR6, modelo utilizado no ano passado, onde a única evidente modificação ficou por conta do acentuado degrau no bico, sendo o o chassi que apresenta o maior desnível em relação aos demais já revelados até agora,  

Na opinião de Giorgio Ascanelli, diretor técnico da Toro Rosso, a abordagem feita em relação ao bico é conservadora, já que desenvolvida "às pressas" em razão ao curto período que tinham para homologar o STR7 antes dos testes em Jerez, e certamente haverá mudanças nessa peça no decorrer de 2012.

Além disso, é possível perceber que os sidepods estão bem mais angulados e mais esguios na parte posterior em relação ao modelo predecessor para poder acomodar melhor a saída dos escapamentos, e a introdução de uma segunda entrada de ar com formato retangular logo acima da cabeça do piloto para melhorar o arrefecimento, já que houve a diminuição na área da entrada dos radiadores.


Ao contrário dos outros times, que optaram pela continuidade, a Toro Rosso resolveu dispensar sua dupla de pilotos anterior, Sébastien Buemi (que agora é terceiro piloto da Red Bull) e Jaime Alguersuari, que estavam juntos na equipe desde o GP da Hungria de 2009, para promover dois protegidos da marca de energéticos, o australiano Daniel Ricciardo, que fez andou em alguns treinos livres no lugar dos titulares no ano passado, e acabou sendo colocado na HRT para ganhar ritmo de prova, e o francês Jean-Éric Vergne, campeão britânico de Fórmula 3 em 2010, e vice-campeão da Fórmula Renault 3.5 no ano passado.

Resta saber se a opção de Helmut Marko por dois pilotos com quase ou nenhuma experiência renderá frutos, já que a aposta é grande em ambos, os quais são cotados como sendo o futuro da Red Bull nos próximos anos.

Aparentemente o time não vive de resultados, já que se trata de mera formadora de talentos para o time principal, mas ainda sim espera-se que a ex-Minardi, pelo menos, iguale o resultado de 2008, quando terminou em sexto lugar no campeonato de construtores, superando Force India e Sauber, atualmente suas principais rivais.

Ficha técnica:


Pilotos
16  Daniel Ricciardo - 17  Jean-Éric Vergne
Chassi
STR7
Caixa de câmbio
Hidráulico de sete marchas, mais a marcha-a-ré, com comando semi automático sequencial
Freios
Brembo, com discos ventilados de fibra de carbono
Suspensão
Independente do tipo push-rod de ativação da torção das molas dianteiras e nas pull-rod nas traseiras, com amortecedores Sachs
Peso
640 quilogramas, com piloto água e lubrificantes
Rodas
Advanti Racing de 13 polegadas
Motor
Ferrari 056, V8 em 90º, 32 válvulas, 2,4 litros, 95 quilogramas, limitado a 18.000 RPM, com injeção e ignição eletrônicas
Combustível e lubrificantes
Shell

Sauber C31





Essa segunda-feira foi um dia de muitas novidades, já que três times da Fórmula 1 resolveram lançar seus modelos com que irão competir em 2012, sendo a Sauber a primeira delas.

A equipe suíça revelou o C31 (C de Christine, esposa de Peter Sauber, sendo esse o 31º carro construído pela fábrica, contando, inclusive, os modelos de esporte-protótipo) em Jerez de la Frontera, onde amanhã se iniciam os testes coletivos.

Novamente o bico com degrau foi o grande atrativo do carro, que não apresenta outras modificações significativas, a não ser o posicionamento dos escapamentos sobre o cofre do motor, ao contrário dos demais times, que posicionaram os canos de descarga na parte posterior dos sidepods, razão pela qual a seção final da lateral foi rebaixada.  

O carro também apresenta uma nova pintura, adotando o cinza metálico na traseira e na frente (talvez tentando "esconder o bico com degrau), um lay out muito mais belo em relação ao seu sucessor.

Como pilotos, Peter decidiu pela continuidade, mantendo o showman japonês Kamui Kobayashi, que parte para o seu terceiro ano na escuderia, e o mexicano Sérgio Pérez que, apesar de carregar uma "bolada" em patrocínios (Telmex, de propriedade de Carlos Slim, que também banca o terceiro piloto do time, Estebán Gutiérrez, e dona das marcas Claro e TelCel, as quais adornam a carenagem do C31), foi muitíssimo bem em 2011, marcando uma boa quantidade de pontos, e se destacando pela capacidade na conservação dos seus pneus.

Para uma equipe que perdeu o apoio de uma grande fábrica, a BMW, há três anos, o que a Sauber conseguiu desde então é digno de aplausos, e o dinheiro mexicano injetado no time baseado em Hinwill em 2011 foi um alento para haja uma evolução que permita que nesta temporada seja possível, ao menos, um retorno ao pódio, uma meta otimista, mas que não pode ser descartada.

Ficha técnica:


Pilotos
14  Kamui Kobayashi - 15  Sérgio Pérez
Chassi
C31
Caixa de câmbio
Longitudinal Ferrari de sete marchas, mais a marcha-a-ré, com comando semi automático sequencial
Freios
Brembo, com discos ventilados de fibra de carbono
Suspensão
Independente do tipo push-rod de ativação da torção das molas dianteiras e do tipo pull-rod nas traseiras
Peso
640 quilogramas, com piloto água e lubrificantes
Rodas
OZ de 13 polegadas
Motor
Ferrari 056, V8 em 90º, 32 válvulas, 2,4 litros, 95 quilogramas, limitado a 18.000 RPM, com injeção e ignição eletrônicas
Combustível e lubrificantes
Shell